O Pai que Escolheu Ficar: A História de Dedicação e Amor Incondicional ao Filho com Espectro Autista
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A relevância dos pais que permanecem presentes na vida de seus filhos autistas e o impacto positivo de seu apoio e amor incondicional.
No contexto das famílias com filhos no espectro autista, é comum ouvir relatos de pais que se afastam diante dos desafios que essa condição traz. Entretanto, é fundamental dar visibilidade e reconhecimento aos pais que escolhem ficar, que se dedicam e se comprometem profundamente com o bem-estar de seus filhos e de suas famílias. Esses pais são exemplos de amor incondicional e dedicação, mesmo que não possuam o mesmo nível de conhecimento técnico que muitas vezes as mães desenvolvem sobre o autismo. Esses pais podem não estar imersos em estudos sobre a condição, mas possuem um coração ensinável e uma disposição ímpar para aprender e apoiar. Eles operam nos bastidores, muitas vezes sem o mesmo reconhecimento, mas fazem sacrifícios diários para garantir que suas famílias tenham conforto e estabilidade. Abrindo mão de oportunidades pessoais e profissionais, eles colocam as necessidades de seus filhos em primeiro lugar, buscando sempre o melhor para todos. Dinâmica Familiar e Apoio A presença e o envolvimento do pai são fundamentais não apenas para o desenvolvimento emocional do filho autista, mas também para o equilíbrio da dinâmica familiar. O pai pode oferecer um apoio significativo à mãe, compartilhando responsabilidades e proporcionando um suporte emocional que é crucial em momentos de desafios. Sua participação ativa em terapias, atividades diárias e momentos de lazer ajuda a criar uma rede de segurança emocional para a criança. Dra. Florence Assis, médica e mãe de cinco meninos, sendo dois deles autistas, é a idealizadora do projeto “Montando um Time”, que luta pela inclusão das famílias atípicas. “Os pais que escolhem ficar desempenham um papel vital no desenvolvimento de seus filhos. Mesmo que não entendam todos os aspectos técnicos do autismo, sua presença e apoio incondicional fazem uma diferença enorme. Eles são os pilares emocionais da família, demonstrando que o amor e o compromisso são fundamentais para enfrentar qualquer desafio,” ressalta Florence. Muitos desses pais estão dispostos a aprender e a adaptar suas vidas para melhor apoiar seus filhos. Eles podem não estar na linha de frente como a mãe, que frequentemente se envolve mais diretamente no tratamento e educação, mas eles garantem que as necessidades básicas e emocionais da família sejam atendidas. Esses pais oferecem uma perspectiva única e valiosa, que muitas vezes é subestimada ou ignorada. “É crucial reconhecer o papel dos pais que escolhem ficar e se dedicar. Eles são um exemplo de força e resiliência. No meu trabalho com o ‘Montando um Time’, vejo diariamente como esses pais são fundamentais para o bem-estar de toda a família. Eles podem não conhecer todos os detalhes sobre o autismo, mas seu amor e desejo de aprender são o que realmente fazem a diferença.” O reconhecimento dos pais que escolhem ficar é essencial. Suas histórias de dedicação e sacrifício são inspiradoras e demonstram a importância de uma paternidade presente e amorosa. Eles são modelos de perseverança e amor incondicional, proporcionando aos seus filhos autistas o suporte necessário para se desenvolverem e prosperarem. Fonte: Dra. Florence de Oliveira Assis Lavorato da Rocha, Médica Cirurgiã Cardiovascular, diagnosticada Autista aos 43 anos, mãe atípica e co-idealizadora do projeto Montando um Time. Foto: Acervo Pessoal | Divulgação |