Dia Mundial do Vitiligo: quais os sintomas da doença que afeta mais de 1 milhão de brasileiros

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Médica especialista em Dermatologia Flávia Vilella destaca a importância do diagnóstico precoce do vitiligo e como a visibilidade da condição foi ampliada por figuras como Michael Jackson

No Dia Mundial do Vitiligo, na próxima quarta-feira, 25 de junho, a médica especialista em Dermatologia Flávia Villela reforça a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento contínuo para a doença, uma condição que, embora não cause dor ou coceira, pode impactar profundamente a autoestima e o bem-estar psicológico dos portadores.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, mais de 1 milhão de brasileiros convivem essa doença crônica autoimune da pele, caracterizada pela perda de pigmentação, resultando no aparecimento de manchas brancas. Esse fenômeno ocorre quando os melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina, são destruídos.

A visibilidade da doença vitiligo também aumentou ao longo dos anos, com a presença de figuras públicas como Michael Jackson, que lidaram abertamente com a condição. “O vitiligo não é uma doença infecciosa e não traz riscos à saúde física, mas seu impacto psicológico pode ser significativo. As manchas podem gerar insegurança e afetar a forma como o paciente se relaciona com os outros e consigo mesmo”, afirma Flávia Villela.

Fatores como predisposição genética, estresse e exposição excessiva ao sol podem agravar o quadro de vitiligo. “O diagnóstico precoce é essencial para um tratamento mais eficaz. Quando a condição é identificada nos estágios iniciais, o tratamento tende a ser mais bem-sucedido, ajudando a minimizar a progressão e os efeitos estéticos”, explica a médica.

A escolha do tratamento deve ser individualizada, levando em consideração o tipo e a extensão das lesões. Nos primeiros sinais, o combinado de terapias, como fototerapia, medicações tópicas e orais, pode oferecer resultados significativos na redução das manchas e até mesmo na repigmentação da pele.

A prevenção contra a exposição solar excessiva também é um ponto crucial destacado pela médica. “As áreas sem pigmentação têm maior sensibilidade à radiação UV, o que pode acelerar o envelhecimento da pele e aumentar o risco de danos. Por isso, é fundamental que os pacientes usem protetor solar com FPS elevado, mesmo em dias nublados, e adotem cuidados diários com a pele”, orienta Flávia Villela.

A visibilidade do vitiligo tem aumentado ao longo dos anos, especialmente com a revelação de figuras públicas que compartilham suas experiências com a condição. Um dos exemplos mais conhecidos é o cantor Michael Jackson, que, ao lidar com o vitiligo, já mencionou a doença em várias entrevistas. Além disso, celebridades como Sophia Alckmin, filha do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a modelo Luiza Brunet, a estilista Natália Deodato, ex-participante do BBB 22, e outros famosos, também já falaram abertamente sobre a doença. Essa maior visibilidade é crucial para que aqueles que convivem com o vitiligo se sintam mais aceitos e acolhidos, sem medo de julgamento.

Neste Dia Mundial do Vitiligo, a médica destaca a importância de ampliar a conscientização. “A aceitação social do vitiligo é fundamental para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Além do tratamento médico, é necessário um movimento social que promova o respeito e a inclusão, criando um ambiente mais acolhedor para todos”, conclui Flávia Villela.

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