Radiação ultravioleta: dermatologista alerta para aumento dos casos de câncer de pele e explica os riscos da radiação solar em Ribeirão Preto
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Na cidade de Ribeirão Preto e na região, onde os efeitos da radiação solar são intensificados por alta insolação e baixa cobertura de vegetação, a prevenção ao câncer de pele torna-se ainda mais urgente. O alerta vem do médico dermatologista Weber Coelho que relata preocupação com o aumento dos casos de câncer de pele diagnosticados quase que diariamente em consultório.
“Tem dias que são vários diagnósticos e isso é um sinal de alerta muito sério”, comenta. Ele ressalta que é imprescindível que a população aprenda a se prevenir e fazer o autoexame regular da pele aplicando a regra ABCD, método simples, reconhecido por especialistas, para verificar pintas, manchas e lesões suspeitas. “A educação prática para a saúde deve ser tema de aula para crianças e adultos em escolas, em clubes de serviços ou nas empresas porque muitas orientações que parecem ser simples são cruciais”, alerta. Segundo ele, a pele fala e entendê-la pode salvar uma vida.
Radiação solar em Ribeirão
Ribeirão Preto chega a registrar índices de radiação ultravioleta (UV) que chegaram a 14 – considerado “extremo” e propício a queimaduras em poucos minutos de exposição sem proteção. Na quinta-feira 13, o índice UV de Ribeirão Preto estava entre 10 e 11. Análises sobre radiação global indicam que Ribeirão Preto é um dos municípios que recebem maior radiação solar disponível no Estado de São Paulo.
- entre 8 e 10 a radiação ultravioleta é muito elevada e a exposição ao sol sem proteção causa danos rápidos à pele e aos olhos.
- o índice UV 11 é classificado como extremo, o risco de danos é extremamente elevado, mesmo em poucos minutos de exposição.
“Nesse cenário, não basta usar um boné, que ajuda muito, mas medidas de proteção intensas são essenciais”, alerta o dermatologista Weber Coelho, mestre pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP.
Regra ABCD
O autoexame de pele pode ser feito observando a seguinte regra e o médico dermatologista deve ser consultado para confirmar ou não qualquer diagnóstico:
- A – Assimetria: uma metade da pinta não se parece com a outra.
- B – Bordas: irregulares, mal definidas ou serrilhadas.
- C – Cor: mais de uma tonalidade — marrom, preta, avermelhada, azulada.
- D – Diâmetro: geralmente maior que 6 mm ou em crescimento.
Muitos especialistas acrescentam ainda o “E” de Evolução — mudança na pinta ao longo do tempo.
Por que esse alerta é ainda mais relevante para Ribeirão Preto? O clima em Ribeirão Preto combina alta radiação solar com períodos secos, menor nebulosidade e menor cobertura vegetal — fatores que favorecem maior incidência de raios UV na pele. Muitas pessoas expostas ao sol por motivos de trabalho ou lazer (construção, atividades ao ar livre, esportes, agricultura) podem ignorar ou subestimar o risco.

Como aplicar em casa?
- Faça o autoexame da pele a cada mês, em ambiente bem iluminado, com espelho ou auxílio de outra pessoa.
- Observe costas, couro cabeludo, orelhas, palmas, sola dos pés e unhas — locais muitas vezes esquecidos.
- Se detectar algum dos sinais da regra ABCD (assimetria, bordas irregulares, múltiplas cores, diâmetro acima de 6 mm) ou notar qualquer mudança recente, procure um dermatologista.
- Use protetor solar (FPS 30 ou mais), reaplique a cada 2-3 horas, vista roupas de manga longa, boné ou chapéu; evite exposição direta ao sol entre 10h e 16h, especialmente em dias de UV elevado.
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