Frio: será mesmo o maior dos últimos anos?
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O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) publicou um alerta sobre a chegada da frente fria intensa a partir de hoje (28/07). O Alerta confirma a frente fria, promovida por um ciclone extratropical ao largo da costa norte da Argentina, que já começou a provocar instabilidade no Estado de São Paulo, favorecendo pancadas de chuva especialmente na faixa sul de São Paulo e litoral (Vale do Paranapanema, Vale do Ribeira, litoral sul e Baixada Santista) devendo chegar até a madrugada de quarta-feira (28) à capital, centro e restante do leste paulista. De acordo com as mais recentes atualizações dos principais modelos numéricos de previsão e as análises dos Meteorologistas do SNM, a frente fria avançará mais rapidamente ao longo do dia 28 (quarta-feira) pelo Sudeste (leste de São Paulo com maiores volumes), sul de Minas Gerais e, na sequência, no Rio de Janeiro e Espírito Santo. Mas, será que o frio esperado pode ser considerado histórico? Segundo a meteorologista Cátia Braga, as temperaturas já estão caindo muito, mas nada que o Sul do Brasil já não esteja acostumado. “Não sei se será o maior frio dos últimos anos. O que acontece é que a massa de ar polar que conhecemos como friagem vai até às latitudes mais baixas, chegando até o Equador. Isso fará com que as temperaturas baixem em todo o Brasil e a sensação térmica ficará ainda mais baixa por conta dos ventos”, explica.
Cátia mora no Rio Grade do Sul e disse que por lá as temperaturas já baixaram, mas nada que eles já não estejam acostumados. Ela lembrou até do frio intenso que teve em 2016, o último mais forte. “Aqui nós somos preparados , mas o Mato Grosso do Sul, por exemplo, não está acostumado com um frio de 5°. É muito intenso pra eles. Nem o Norte, nem Centro Oeste e muito menos o Acre estão preparados para as baixas temperaturas previstas”, explica a meteorologista.
Entre a noite de hoje (27) e ao longo do dia 28 (quarta-feira), o ciclone extratropical no Oceano Atlântico, provocará a intensificação do vento no litoral da Região Sul e promoverá o aumento de umidade na Campanha Gaúcha e áreas serranas de divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Portanto, persiste a previsão de queda de neve entre hoje à tarde/noite e durante todo o dia 28 nas áreas de maior altitude, com destaque para as serras do sudeste do Rio Grande do Sul e nas serras do nordeste do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.
Está mantida a previsão de que, além da Região Sul, entre os dias 28 e 31/07, o ar frio predominará por toda a Região Sudeste, Centro-Oeste e sudoeste da Amazônia Legal, ocasionando mais um episódio de Friagem; e que no período de 30/07 a 01/08, o ar frio deverá atingir também pelo sul da Bahia e partes do interior da Região Nordeste (declínios de temperaturas entre 6ºC e 4°C, especialmente nas áreas de maior altitude).
Para o Sudeste, mantém-se a previsão que os dias mais críticos em termos de menores temperaturas mínimas e máximas, serão os dias 29 e 30/07 (mínimas entre -2°C e -5°C na Serra da Mantiqueira, divisa entre SP e MG e máximas abaixo de 15°C em parte da região, especialmente nas regiões metropolitanas de São Paulo e Belo Horizonte). Também são previstas temperaturas negativas no sul do Mato Grosso do Sul, parte do interior de São Paulo, no sul de Minas Gerais e áreas da Serra da Mantiqueira, inclusive em Itatiaia no estado do Rio de Janeiro.
Nossa entrevistada lembrou que a variabilidade no tempo se dá por conta das mudanças climáticas. “Uma coisa é o tempo e outra coisa é o clima. Quando há mudança climática há calor, seca, chuva e frio extremos. Isso é uma alerta sobre como precisamos cuidar da nossa terra”, enfatiza.
Por aqui (região de Ribeirão Preto), a chuva apareceu tímida nesta manhã (9h), fazendo 18°C em Serrana e Ribeirão Preto, e 17°C em Orlândia e Cravinhos. De acordo com a previsão, a mínima na madrugada de hoje para amanhã, poderá chegar a 9°C. Segundo o Instituto, a temperatura deve baixar ainda mais na sexta-feira (30), quando a mínima poderá atingir até 4°C.
Há ainda previsão de neve no Rio Grande do Sul, Planalto Sul, Santa Catarina e no Sul do Paraná e de geada e vários lugares do Brasil, incluindo São Paulo, Mato Grosso, sul de Minas e Rio de Janeiro.
Centros de acolhimento para moradores de rua, as assistências sociais dos municípios e demais órgãos já estão de mobilizando para abrigar pessoas que possam sofrer com o frio intenso. Se você pode ajudar com um cobertor, com dinheiro ou qualquer outra coisa nesta hora, ajude! Outra dica: ande sempre com um agasalho para doação do carro. Na rua tem sempre quem precisa dele! #ficaadica