Agosto Branco reforça importância da prevenção e os perigos do câncer de pulmão
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Neoplasia é a segunda mais comum entre homens e mulheres. O tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são importantes fatores de risco para o desenvolvimento da doença
No mês em que a prevenção ao câncer de pulmão – tumor que lidera o ranking das doenças oncológicas que mais matam no mundo — é destaque no Brasil, a campanha Agosto Branco reforça a importância da conscientização da doença. Os especialistas trazem também no período um alerta importante para a população sobre os riscos do consumo de cigarros e outras modalidades de tabagismo por meio do Dia Nacional de Combate ao Fumo (29/08).
“O tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são os principais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão. Cerca de 85% dos casos diagnosticados estão associados ao consumo de derivados de cigarro. É o segundo tipo mais comum de câncer em homens e mulheres no Brasil”, ressalta Carlos Fruet, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto.
Outro alerta reforçado pelo médico é sobre a utilização do cigarro eletrônico, já que o dispositivo dá a falsa ideia que é inofensivo à saúde e se sabe que este tipo de tabagismo também está relacionado com maior chance de desenvolvimento de vários tipos de câncer, incluindo o de pulmão.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), só no Brasil estima-se mais de 30 mil novos casos de câncer de pulmão, sendo 17.760 em homens e 12.440 em mulheres para cada ano do triênio 2020-2022. Em Ribeirão Preto, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, em 2021 o câncer de pulmão levou ao óbito 103 pessoas residentes na cidade. Já este ano, até o mês de junho, são mais de 45 pessoas vítimas da doença.
Assim como em outras neoplasias, o câncer de pulmão se descoberto precocemente tem chances de cura mais elevadas. “Geralmente quando a neoplasia começa a dar sinais, é por que o tumor já está mais avançado, mas os principais sintomas de alerta desse tipo de câncer são ligados ao aparelho respiratório como tosse persistente – podendo ou não ser com sangue -, dor no peito, rouquidão, falta de ar persistente e cansaço, pneumonia recorrente, perda de peso e de apetite”, diz o oncologista.
O Dr. Carlos Fruet reforça ainda que em caso de qualquer um desses sintomas é importante procurar um médico especialista para que seja feita uma avaliação cuidadosa a fim de realizar o diagnóstico o mais rápido possível e, consequentemente, aumentar a chance de sucesso do tratamento, que é individualizado e multidisciplinar, podendo envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapias alvo moleculares e imunoterapia.