Áudios de contos eróticos viram alternativa de prazer para deficientes visuais

Se gostou compartilhe!

 

De acordo com o último Censo, os deficientes visuais representam 3,4 % da população

Cada vez mais os brasileiros estão se sentindo confortáveis em falar, fazer e consumir sexo. Tanto que, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual, no Brasil, o valor aproximado de vendas de produtos eróticos foi de R$ 2 bilhões no ano passado. Apesar de mostrar um considerado progresso em uma área que até então era tratada como tabu, o setor ainda encontra algumas questões que precisam ser discutidas para conseguir de fato mostrar que cada vez mais ele se torna plural e democrático. Já que, hoje (06/09), é comemorado o Dia do Sexo, nada melhor que mostrar que o mercado erótico também pode ser acessível para todos, isso incluo quem não enxerga.

Hoje é possível pagar para assistir o vídeo de uma pessoa que gosta de se exibir apenas por diversão, escolher entre diversas categorias em um site de conteúdo erótico e até mesmo enviar fotos sensuais através de uma conversa em um aplicativo de mensagens. Tudo isso parece ser algo comum na rotina de uma pessoa que gosta de consumir esse tipo de conteúdo, porém, isso muda quando estamos falando de deficientes visuais, que até então não era um público que era levado em consideração quando o assunto eram os vídeos eróticos.

De acordo com o último Censo, os deficientes visuais representam 3,4 % da população. Mesmo assim, apenas nos últimos anos as plataformas de vídeos eróticos decidiram incluir audiodescrição em suas produções. “Sendo assim, os áudios eróticos acabaram sendo uma boa opção para esse público”, explica Fábio Chap, criador da primeira plataforma de áudios eróticos no Brasil, a Tela Preta.

A plataforma possui cerca de 200 contos eróticos com temas variados como masturbação guiada, LGBTQI+ e até com brinquedos. Cada semana, novos áudios são disponibilizados dentro da plataforma. Para acessar o conteúdo é preciso ser assinante, e os preços variam entre R$ 14,99 por mês ou R$ 149,90 por ano.

“Já tivemos mais de cinco mil assinantes, mas não são todos que costumam deixar um depoimento sobre a experiência com os áudios, então não temos como mensurar com precisão quantos clientes deficientes visuais já utilizaram nosso serviço, mas tivemos um bastante interessante que disse que o que nós estamos oferecendo é algo totalmente inovador nesse mercado”, explica Chap.

Para deixar essa experiência ainda mais profunda e exclusiva, a plataforma disponibilizou recentemente um serviço que permite que o usuário crie o seu próprio conto erótico de acordo com suas fantasias pelo valor de R$597. A Tela Preta completou um ano em 2021, e o objetivo da plataforma sempre foi oferecer um serviço pioneiro e completamente diferente daquilo que até então era oferecido pelo mercado erótico.

“É uma honra conseguirmos promover inclusão em um setor que até então não costumava prestar atenção nesse público, e o melhor de tudo é que é algo produzido com qualidade, feito para uma pessoa conseguir se excitar apenas ouvindo vozes, sons e descrições, então tudo precisa ser elaborado levando em conta a imaginação das pessoas no momento que elas estiverem ouvindo os contos”, ressalta Chap.

Sobre a Tela Preta

Iniciada em abril de 2020, a startup Tela Preta é a primeira plataforma de áudios eróticos do Brasil. A ideia surgiu após Fábio Chap publicar em grupos de redes sociais contos eróticos narrados por ele. Enxergando uma grande oportunidade de empreendimento, o programador Samuel Aguiar propôs a Fábio criar uma plataforma digital para rentabilizar os áudios. Fábio chamou o produtor de áudio Guilherme Nakata e a designer e criadora de conteúdo Laís Conter para reforçar o time que viria a formar a Tela Preta. A plataforma foi batizada com esse nome pois no momento das gravações dos contos, Fábio colocava uma fita isolante na câmera do celular.

Saiba mais em https://prazer.telapreta.app/

JÁ SEGUE O SEGURA NO INSTAGRAM?

Deixe um comentário