Cirurgião pode contraindicar um procedimento estético?
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Médico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica afirma que não só pode, como deve em casos específicos
A procura por mais autoestima e melhorias estéticas cresce a cada ano, o que leva muitas pessoas às intervenções cirúrgicas, sendo até um sonho para muitos. Entretanto, em casos específicos, o desejo pode ser interrompido por uma contraindicação do próprio médico cirurgião. Entenda:
Quais ocasiões isso pode acontecer?
É responsabilidade do cirurgião plástico analisar cada caso e prevenir possíveis riscos da cirurgia que o paciente deseja se submeter. O médico cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Dr. Victor Cutait, explica que é dever do profissional adiar a realização do procedimento em determinadas situações, quando achar necessário.
“A interrupção é feita quando exames laboratoriais mostrarem resultados que não são positivos e seguros para seguir com a cirurgia. Há casos também em que o paciente está em tratamento com psicólogos ou psiquiatras e estes não autorizam o procedimento estético. Nestas situações, o cirurgião plástico não só pode contraindicar, como deve”, analisa Cutait.
Há situações mais raras, em que há a disformia corporal, um distúrbio que envolve a obsessão sem limites em melhorias estéticas corporais. Nestes casos, o profissional tem uma conversa clara com o paciente e o encaminha para profissionais focados na saúde mental.
Além disso, gravidez e período pós-parto, como também casos de doenças crônicas – que inclui diabetes e lúpus- e também a faixa etária do paciente são situações que deverão ser cuidadosamente analisadas e, se for o caso, contraindicar.
O médico informa que quando ocorre as situações acima, o profissional deve conversar com o paciente e explicar os motivos da contraindicação e abordar que a saúde do paciente é mais importante naquele momento do que a questão estética. “Sendo assim, o profissional indica o que o paciente precisa e não o que ele quer”, pontua.
Boa relação entre médico e paciente é fundamental
A relação entre ambos começa já na primeira consulta e é fundamental para que na primeira conversa o médico entenda os motivos que levam o paciente à cirurgia.
“O primeiro diálogo no consultório é um bate papo para conhecer tanto a rotina do paciente, quanto os motivos que o levam a fazer o procedimento estético. E, caso eu identifique que o paciente quer agradar o cônjuge ou outra pessoa, eu exponho que a chance do paciente se frustrar é grande. Isso porque cirurgia plástica não faz milagres e nem salva casamentos. A cirurgia é apenas uma das ferramentas para aumentar ainda mais a autoestima e a auto segurança daquele paciente”, finaliza Cutait.
Victor Cutait possui graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina de Marília (2001) com especialização em cirurgia plástica pelo Instituto Brasileiro de Cirurgia Plástica, em São Paulo. Ele é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), professor de cirurgia plástica da Universidade Nove de Julho (UniNove) e dirige a Clínica Cutait Cirurgia Plástica, especializada em Cirurgia Plástica, Dermatocosmiatria e Fisioterapia Dermatofuncional. O médico cirurgião é pioneiro em lipoaspiração fracionada no Brasil.
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