Consumo consciente: especialistas alertam sobre riscos de endividamento nas promoções de fim de ano
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Planejamento financeiro e equilíbrio emocional são fundamentais para evitar
dívidas e começar 2026 com as contas em dia
A proporção de famílias com dívidas subiu a 79,5% em outubro, maior patamar da série histórica iniciada em 2010, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). Com a chegada do fim de ano, o consumo aumenta e, junto com ele, cresce o risco de endividamento das famílias brasileiras.
De acordo com Alessandra Santana, coordenadora dos cursos de gestão da Estácio, esse é o momento em que o planejamento financeiro se torna indispensável. “É natural que as pessoas queiram aproveitar as promoções, presentear familiares e celebrar o fim do ano, mas é essencial ter consciência dos limites do próprio orçamento. O primeiro passo é entender a real capacidade de pagamento e evitar comprometer a renda dos próximos meses com gastos que poderiam ser adiados”, orienta a especialista.
Alessandra ressalta que o planejamento prévio e o controle das finanças pessoais são as melhores estratégias para evitar dívidas. “É importante listar as despesas fixas, estipular um teto para compras e sempre comparar preços antes de fechar negócio. Mesmo durante grandes liquidações, é preciso avaliar se o produto é realmente necessário. Um desconto de 50% não é vantagem se o gasto não estava previsto”, explica Alessandra.
Entretanto, o comportamento de consumo nem sempre é guiado apenas pela razão. A coordenadora do curso de Psicologia da Estácio, Andresa Souza, destaca que fatores emocionais influenciam fortemente nas decisões financeiras, especialmente em períodos de alta pressão social e estímulos publicitários. “O fim do ano desperta sentimentos de recompensa e pertencimento. Muitas pessoas compram para aliviar frustrações ou para se sentirem incluídas em um padrão social. Esse comportamento impulsivo gera uma satisfação momentânea, mas pode trazer culpa e arrependimento depois”, afirma Andresa.
Segundo a psicóloga, adotar uma postura mais consciente passa também por entender o valor simbólico do consumo e buscar formas alternativas de celebração. “Trocar o presente caro por algo feito à mão, planejar experiências em vez de compras, e praticar o autocuidado financeiro são atitudes que fortalecem a relação emocional com o dinheiro e reduzem a ansiedade típica dessa época do ano”, complementa.
Para as especialistas, o consumo consciente é mais do que uma prática econômica, é um exercício de responsabilidade e equilíbrio. Ao planejar, refletir e priorizar, o consumidor não apenas evita dívidas, mas também começa o novo ano com mais tranquilidade e segurança financeira.
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