Entenda o porquê Rússia atacou a Ucrânia e se estamos perto de uma Guerra Mundial

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“É uma guerra mundial quando americanos e russos começarem a atirar uns nos outros”. Essa frase foi dita pelo presidente americano, Joe Binden, no começo de fevereiro.  Mas, a invasão russa à Ucrânia ainda era somente uma probabilidade. O começo da invasão militar aconteceu nesta quinta-feira (24/02) e a pergunta está mais viva que antes: será o começo de uma grande guerra? Para responder a essa questão, a Revista Segura entrevistou professores de História do COC JS, em Serrana.

Ederson de Castro, professor de história do COC Serrana (SP), explica que primeiro é preciso entender o conflito entre Rússia e Ucrânia, que está diretamente ligado ao fim da Guerra Fria. “Ucrânia fazia parte da União Soviética e com fim da URSS em 1991 a Ucrânia passa a se aproximar da Europa Ocidental e dos EUA. Culturalmente, Rússia e Ucrânia têm origens semelhantes, que é a cultura eslava. Um ponto complicador das relações é que há vários russos morando na Ucrânia, bem como há um forte movimento xenofóbico contra esses russos”, diz.

O professor também afirma que a aproximação da Ucrânia com a Otan é uma das causas desse conflito. “A Rússia se viu acuada, já que muito dos países que faziam parte da URSS já estão na OTAN, como Polônia, Estônia Letônia e Lituânia”. E o mundo? Devemos nos preocupar com essa invasão militar? “Sim e por vários motivos. Primeiramente, pelas perdas humanas e materiais, que já são impactantes, porém podem ganhar projeções catastróficas caso esse conflito envolvam demais potências, como EUA, Inglaterra, França, Alemanha e China. Em segundo, pelas consequências econômicas, uma vez que a Rússia é importante fornecedor energético (gás e petróleo) e trigo, o que impacta o mundo todo – uma característica de uma economia cada vez mais globalizada”, declara.

Para Allan Yamaoka Melotti, também professor do COC JS, é bem improvável que aconteça uma Terceira Guerra Mundial por causa do conflito.   “Para ser uma guerra mundial, as principais potências ou a Otan deveriam estar se organizando militarmente, o que não está acontecendo. Estão trabalhando de outras maneiras. Exemplo disso são as pesadas sanções comerciais que fizeram à Rússia. Sem contar que o medo, que vem desde a guerra fria, de uma destruição total do mundo com ogivas nucleares ainda existe. Então, acredito que as lideranças mundiais farão de tudo antes de partir para um conflito armado”, opina.

E quanto a relação da China com a Rússia: isso pode ajudá-la a intensificar a guerra? “Acredito que a China possa ajudar a Rússia de várias maneiras, militarmente creio que será a última opção também. As relações com a Rússia tendem sim para o distanciamento do Ocidente, mas não acredito que China vai agir militarmente, pois até o momento ela está mantendo-se distante da situação na Ucrânia”, analisa o professor Allan.

 

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