
Dia Internacional de Conscientização sobre o Albinismo e o alerta contra o preconceito
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Dermatologista alerta: pessoas com albinismo enfrentam riscos sérios à saúde da pele e ainda sofrem com o preconceito
O Dia Internacional de Conscientização sobre o Albinismo, celebrado em 13 de junho, é uma oportunidade fundamental para esclarecer mitos, combater o preconceito e reforçar os cuidados necessários à saúde das pessoas com albinismo.
O médico dermatologista Weber Coelho, mestre em Dermatologia pela USP, explica que o albinismo é uma condição genética rara, caracterizada pela produção insuficiente ou ausência de melanina, o pigmento responsável pela cor da pele, dos olhos e dos cabelos. “A melanina tem um papel essencial na proteção contra os efeitos nocivos da radiação solar. Por isso, quem tem albinismo está mais suscetível a queimaduras solares, envelhecimento precoce da pele e, principalmente, ao desenvolvimento de câncer de pele, mas é apenas uma condição e não uma doença”, alerta o especialista.
Preconceito ainda é uma barreira
Além dos desafios médicos, o preconceito e a desinformação ainda impactam diretamente a vida de quem tem albinismo. “É fundamental combater os estigmas. O albinismo não é uma doença contagiosa, não é sinal de fragilidade ou incapacidade. São pessoas como quaisquer outras, que precisam apenas de alguns cuidados específicos com a saúde da pele e da visão”, ressalta o médico. Mas, segundo ele, o preconceito é mais um agravante neste cenário.
Atenção à automedicação
Outro alerta importante do especialista é sobre os riscos da automedicação. “Pessoas com albinismo, muitas vezes, buscam soluções caseiras ou produtos sem orientação médica na tentativa de proteger a pele. Isso pode ser perigoso. Produtos inadequados podem causar irritações, alergias e não oferecem a proteção necessária contra os efeitos do sol”, explica.
Cuidados fundamentais para quem tem albinismo
O dermatologista lista os principais cuidados diários:
- Uso rigoroso de protetor solar: fator de proteção (FPS) 50 ou superior, reaplicado a cada duas horas, inclusive em dias nublados.
- Roupas de proteção UV: camisas de manga longa, chapéus de abas largas e óculos escuros com proteção contra raios UVA e UVB.
- Evitar exposição solar: principalmente entre 10h e 16h.
- Acompanhamento dermatológico regular: para detecção precoce de lesões suspeitas.
- Hidratação constante da pele: para evitar ressecamento e desconforto.
- Cuidado com os olhos e uso de óculos de sol com lentes de proteção a radiação UV.
“Falar sobre o albinismo é também falar sobre respeito, inclusão e direitos. A informação é uma ferramenta poderosa tanto para proteger a saúde quanto para reduzir o preconceito e promover uma sociedade mais justa e acolhedora”, finaliza Weber Coelho.
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