Dicas de como fugir da alta de juros e sair das dívidas
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Com o aumento das taxas, escolher produtos financeiros mais sofisticados e com menor custo se torna essencial para os brasileiros
A facilidade de usar o cheque especial ou pagar uma parcela mínima do cartão de crédito, leva muitos brasileiros a se endividarem. E com os aumentos da Selic (12,75% ao ano), do juro médio total no rotativo do cartão de crédito (349,6% ao ano) e os juros dos valores parcelados em cartão (168,5% ao ano), tornam essas dívidas ainda mais altas. Segundo o Serasa, em fevereiro deste ano, o Brasil registrou 65,2 milhões de consumidores inadimplentes, essa marca não era atingida desde maio de 2020. E o débito com cartão de crédito está no topo da lista entre os tipos de dívidas dos brasileiros, representam 28,6%.
“As recentes altas na taxa de juros, que encarece o crédito, é uma das principais causas que aumentam a inadimplência do brasileiro”, explica Marcelo Ramalho, CEO da Provu, fintech especializada em meios de pagamento e empréstimo pessoal. “Por isso, o momento exige cautela dos consumidores, que precisam saber escolher produtos financeiros mais sofisticados e medir os valores de cada um antes de optar pelo qual se adequa melhor ao seu bolso”, continua.
Pensando nisso, Ramalho separou algumas dicas importantes para ajudar na saúde financeira dos brasileiros. Confira:
- Organize suas contas
Antes de mais nada, é preciso analisar suas finanças. Coloque tudo na ponta do lápis e identifique qual o valor de sua dívida total e o quanto ela compromete sua renda mensal. Faça as contas e estabeleça qual valor exato é possível arcar todos os meses para pagar as dívidas. Se planejar financeiramente e se comprometer a mudar sua postura em relação ao seu orçamento é o primeiro passo para ajudar sua saúde financeira.
- Negocie com os credores
Após entender qual sua capacidade financeira de pagamento mensal, tente negociar sua dívida com as instituições credoras de acordo com o valor definido que está disposto a pagar.
- Troque a dívida por uma mais barata
Tendo ciência do valor exato de quanto é preciso pagar por mês versus quanto você consegue dispor de suas finanças, procure por outras formas de tomada de crédito, como o empréstimo pessoal, por exemplo. Enquanto as operadoras de cartões podem cobrar em média 29,1% ao mês, as fintechs de crédito conseguem por meio de tecnologia realizar uma análise e oferecer taxas mais justas e personalizadas para o perfil de cada cliente, com uma média de 3% a 5% ao mês.
- Evite juros do cartão de crédito
Uma forma de ‘fugir’ das altas de juros do cartão de crédito é optar por outro meio de pagamento, como o crediário digital, também conhecido como BNPL (Buy Now Pay Later), que flexibiliza o pagamento de compras em parcelas via boleto bancário. O meio de pagamento é mais conveniente, já que não há análises de crédito longas e o método já é integrado à jornada de compra, além de possuir taxas mais atrativas, em torno de 6%, enquanto no cartão de crédito pode chegar a até 15% ao mês.
Com os preços aumentando, o meio de pagamento oferece maior poder de compra aos consumidores, e ainda é uma solução mais democrática para aqueles que não possuem contas em banco ou condições de pagar à vista.