Estado de São Paulo deve registrar mais de 2.500 novos casos de câncer de colo de útero este ano
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Vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV) é um dos principais meios de prevenção da doença
Considerado um dos tipos de câncer mais preveníveis, a neoplasia de colo de útero é a terceira mais comum entre as mulheres do mundo e também do Brasil. Somente no estado de São Paulo, estão previstos 2.550 novos casos para 2025, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
O oncologista Diocésio Andrade, da Oncoclínicas Ribeirão Preto, que é também membro fundador do EVA – Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos, explica que a doença é causada em sua quase totalidade por uma infecção constante de alguns tipos oncogênicos do Papilomavírus Humano (HPV) e que, na maioria das vezes, é silenciosa. “O câncer de colo de útero costuma ser assintomático no início e apresenta quadros de sangramento vaginal que vai e volta ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias”.
O médico ressalta ainda que os números são relevantes por se tratar de um dos tipos de câncer com maior possibilidade de prevenção e o alarde existe pois o contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV) é um fator que aumenta a probabilidade da doença.
O uso de preservativos durante as relações sexuais e os exames regulares são ações importantes no combate à doença. “A vacinação é a proteção mais eficaz contra o HPV e está disponível no sistema público de saúde para meninos e meninas com idade entre 9 e 14 anos”, reforça o oncologista.
Detecção Precoce
As alterações celulares que precedem o câncer podem ser detectadas por meio do Papanicolau (exame preventivo) que permite o tratamento precoce e aumenta as chances de cura. O teste de HPV pode ser realizado junto com o Papanicolau para identificar a presença de tipos de HPV de alto risco que podem levar ao câncer de colo do útero. Se os exames iniciais indicarem alterações anormais, uma biópsia pode ser realizada para confirmar o diagnóstico.
Outros fatores de risco
Fumar também está associado a um risco aumentado de câncer de colo do útero, pois os produtos químicos do tabaco podem danificar as células cervicais. Mulheres com sistema imunológico enfraquecido têm maior risco. Várias gestações também propiciam o desenvolvimento de câncer cervical, além do uso prolongado de pílulas anticoncepcionais, que pode estar associado à doença.
Tratamento promissor
Em 2024, a luta contra o câncer de colo de útero recebeu mais um aliado. Um estudo sobre imunoterapia demonstrou resultados promissores, alcançando uma redução de 30% na sobrevida livre de progressão da doença. A pesquisa, conhecida como KEYNOTE-A18, recebeu aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no final de abril.
“Este é um dos maiores estudos já realizados em pacientes com este tipo de neoplasia. A junção de imunoterapia ao tratamento do tumor localmente avançado com quimiorradioterapia proporciona um aumento da sobrevida”, comenta Diocésio Andrade.
A combinação do Pembrolizumabe, uma imunoterapia, com quimiorradioterapia, demonstrou que, após dois anos de acompanhamento, 68% das pacientes que receberam o tratamento continuavam vivas e livres de progressão das células cancerígenas. Já no grupo que recebeu placebo e o tratamento convencional, o índice foi de 57%.
A imunoterapia é um tratamento que estimula o sistema imunológico do paciente para combater as células cancerígenas de vários tipos de neoplasias. “É uma terapia cada vez mais presente no arsenal terapêutico do oncologista, podendo alterar o prognóstico de vários tipos de tumores. Funciona ativando as células de defesa do corpo para que reconheçam e combatam as cancerígenas”, conclui o médico.
Sobre a Oncoclínicas&Co
Oncoclínicas&Co é o maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina, com um modelo especializado e inovador focado em toda a jornada do tratamento oncológico, aliando eficiência operacional, atendimento humanizado e especialização por meio de um corpo clínico composto por mais de 2.900 médicos especialistas com ênfase em oncologia. Com a missão de democratizar o tratamento oncológico, oferece um sistema completo que integra clínicas ambulatoriais a câncer centers de alta complexidade. Conta com 144 unidades em 40 cidades brasileiras, permitindo acesso de qualidade em todas as regiões que atua, alinhados aos padrões dos melhores centros de referência mundiais no tratamento do câncer.
Com foco em tecnologia, medicina de precisão e genômica, a Oncoclínicas realizou aproximadamente 635 mil tratamentos em 2023. É parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Faculdade de Medicina de Harvard, um dos principais centros de pesquisa e tratamento de câncer no mundo. Possui a Boston Lighthouse Innovation, especializada em bioinformática, em Cambridge, Estados Unidos, e participação na MedSir, dedicada ao desenvolvimento e gestão de ensaios clínicos para pesquisas independentes sobre o câncer, em Barcelona, Espanha. Recentemente, expandiu sua atuação para a Arábia Saudita por meio de uma joint venture com o Grupo Al Faisaliah, levando a missão de vencer o câncer para um novo continente e proporcionando cuidados oncológicos em escala global, ao combinar a hiperespecialização oncológica com abordagens inovadoras de tratamento.
A companhia integra a carteira do IDIVERSA, índice lançado pela B3, destacando empresas comprometidas com diversidade de gênero e raça. Para maiores informações acesse: www.grupooncoclinicas.com