Gestão responsável de resíduos e boas práticas de consumo e produção são temas da 9ª edição do Fórum ESG

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Especialistas em iniciativas ambientalmente responsáveis apresentam soluções

na próxima quinta (25/04), no Dabi Business Park

 

Firme na missão de capacitar a comunidade a incorporar princípios ambientais, sociais e de governança em seus ecossistemas de negócios, o Fórum Regional ESG chega à sua 9ª edição para discutir o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) número 12 da Agenda 2030 da ONU: “Consumo e Produção Responsáveis”.

O evento que vai abordar “Consumo e Produção Responsáveis” será nesta quinta-feira (25/04), no Dabi Business Park, com o debate focado em destinação de resíduos – para além do lixo como produto final.

Segundo o Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil divulgado pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (ABREMA), em 2022 foram gerados cerca de 380 quilos de resíduos sólidos urbanos por habitante no País. Quase metade deste montante (49,4%), 77.076.428 toneladas foram na região Sudeste.

Uma das principais discussões acerca do tema gira em torno do descarte dos materiais: somente 61,1% dos resíduos tiveram disposição final adequada.

Em Ribeirão Preto apesar de ser considerado crime, o descarte irregular de resíduos é um problema recorrente. De acordo com a Secretaria de Infraestrutura, todos os dias são geradas cerca de 650 toneladas de resíduos sólidos urbanos na cidade.

Embora parcela relevante deste material seja reciclável, em 2023 apenas 572 toneladas das mais de 230 mil produzidas durante o ano foram descartadas nos ecopontos do município. Número alarmante que os convidados da edição do mês de abril do Fórum ESG trabalham para diminuir.

Especialista em gestão ambiental pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e mestre em administração pela Universidade de São Paulo (USP), Diego de Freitas Espinoza abre o evento com um panorama da gestão de resíduos sólidos no Brasil e o papel das empresas neste contexto.

Além de trabalhar com cooperativas e catadores, ele se dedica à formulação de políticas públicas para resíduos sólidos, focando na eficiência da gestão municipal e na inclusão dos catadores.

“Há um bom tempo, e felizmente, é possível observar o aumento da preocupação da sociedade com diferentes dimensões relacionadas à gestão de resíduos. Entretanto, este é um processo em construção e temas como a adequada disposição final, o reaproveitamento de material e a inserção de pessoas em situações de vulnerabilidade no processo ainda buscam soluções que sejam viáveis e eficazes”, ressalta.

O primeiro case convidado, “Na natureza nada se perde, tudo se transforma”, será apresentado pela guarda civil metropolitana, gestora ambiental e especialista em gravimetria pela Universidade de Borås (Suécia), Kelly Cristina da Silva.

Com a própria história de vida ligada ao reaproveitamento e reciclagem de materiais, ela traz para o Fórum seu trabalho como ecodesigner, além de compartilhar sua jornada no Comitê Intersecretarial de Atenção às Pessoas em Situação de Acumulação e no projeto Catasonho.

“Em muitas situações o lixo não é o fim, e sim um novo começo. Prova disso é a campanha “Civilidade nas Ruas”, cujo objetivo é estimular hábitos sustentáveis e a preservação do meio ambiente, e onde através de ações de logística reversa arrecadamos materiais recicláveis que são convertidos em cadeiras de rodas e de banho doadas a entidades carentes”, conta. Silva ressalta ainda que o projeto é fruto do trabalho da cooperativa Cooperagir, que renuncia a parte de seus lucros para levar solidariedade com quem precisa.

A gestão de resíduos sólidos urbanos foi pauta de uma audiência pública realizada recentemente pelo Consórcio de Municípios da Mogiana (CMM). A iniciativa abriu espaço para discussão de um plano intermunicipal ligado ao planejamento e operação do serviço público de gestão do lixo para os próximos 30 anos. O projeto visa definir políticas claras para o tratamento do lixo domiciliar, o proveniente da limpeza pública, da construção civil, hospitalar e também na distinção de grandes geradores em Ribeirão Preto e nas demais cidades que integram o grupo.

O artista plástico ribeirão-pretano André Costa traz para o Fórum sua experiência de mais de três décadas trabalhando com resíduos da indústria gráfica e materiais que ao fim da vida útil tornam-se um problema quando descartados de maneira irregular.

Autor da iniciativa “Poética do Resíduo: educação e transformação social”, que reaproveita resíduos da comunicação visual, Costa propõe através de suas obras – que já rodaram o mundo – um diálogo entre arte, estética, ética e meio ambiente.

“A arte, por princípio, lida com a transformação de materiais e minha produção se pauta sob essa premissa. Todo meu trabalho utiliza resíduos sólidos descartados pela sociedade de um modo geral. Este projeto vem sendo aperfeiçoado e potencializado ao longo de 25 anos: nele me concentro no contexto regenerativo do descarte e em redesenhar e ressignificar os símbolos e os signos da comunicação de massa descartados nos centros urbanos mundiais, transformando o descartável e passageiro em arte, design e educação”, explica Costa.

Com uma longa jornada de ativismo socioambiental, o permacultor urbano, geógrafo e gestor ambiental Renato Fagundes Carvalho, o Tatu, apresenta no evento o case “CastrAÇÃO Ribeirão”, uma iniciativa voluntária e solidária cuja missão é levantar recursos para o controle populacional de animais em situação de rua.

“Apesar de parecer um trabalho direcionado ao cuidado e proteção dos animais, nossa proposta atua diretamente com a economia circular e solidária. Além de mantermos um programa permanente de coleta de tampas plásticas, que posteriormente são vendidas e o valor revertido à causa, estamos juntos à comunidade promovendo o cuidado e respeito ao meio ambiente, trabalhando próximos a pequenos comércios, empresas e escolas, e nos unindo a outras iniciativas que otimizem a destinação adequada dos resíduos plásticos coletados”, detalha.

Tatu traz para a conversa a experiência com outras iniciativas que se relacionam com o ODS 12, entre elas o Coletivo Lixo Zero, que busca articular programas para a destinação adequada de resíduos especiais e outras frentes de propostas sustentáveis e ligadas a regeneração do contexto urbano, como o Mobicicleta Coletivo e a Campanha “Tá Com Calor? Plante Árvores”.

O Fórum Regional ESG discute mensalmente os ODSs, trazendo convidados para apresentarem seus trabalhos e visão acerca do tema da edição. Na temporada 2024, o evento tem discutido o consumo e produção sustentável, promovendo conversas voltadas à construção de práticas sociais, corporativas e ambientais mais responsáveis.

O evento é uma realização do Instituto Terroá, Propago, Instituto Olhar e Sebrae, com apoio do Dabi Business Park, Conexão Social Dabi e Cajueiro Criativo. O evento é aberto ao público, as inscrições são gratuitas, limitadas e devem ser feitas pelo link https://www.sympla.com.br/evento/forum-regional-esg-edicao-abril/2405342.

Dabi Business Park
O Dabi Business Park é um centro empresarial desenvolvido para conectar pessoas, ideias e empresas, promovendo inovação e gerando novos negócios. Instalado em uma área com mais de 100 mil m², às margens da Rodovia Anhanguera, em Ribeirão Preto (SP), abriga de grandes empresas à startups. O espaço conta com áreas a partir de 60 m² até lajes de 5 mil m². Uma de suas âncoras é a Área 51, um hub de inovação que atende empresas residentes e externas.

Serviço
Fórum Regional ESG: 9ª Edição | Consumo e Produção Responsáveis (Resíduos)
Data: 25/04/2024 (quinta-feira)
Horário: 08h30
Local: Dabi Business Park (Rua General Augusto Soares dos Santos, nº 100) | Área Voepass (Arquibancada / Bloco A)
Inscrições: gratuitas e limitadas pelo link: https://www.sympla.com.br/evento/forum-regional-esg-edicao-abril/2405342

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