Importar-se com o sono é fundamental para alcançar melhores resultados no ambiente de trabalho

É cada vez mais evidente que uma boa noite de sono causa efeitos muito positivos no organismo, refletindo diretamente na disposição e produtividade apresentadas ao desempenhar as atividades do dia a dia.

De acordo com o Dr. Gleison Marinho Guimarães, médico especialista em pneumologia com residência pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – SBPT, produtivas são aquelas pessoas que fazem seu tempo render mais e, para isso, dormir bem é fundamental. “Quando alguém não dorme o suficiente ou de forma adequada, é comum que no dia seguinte essa pessoa esteja em um estado maior de fadiga, principalmente porque não houve o descanso necessário e o corpo ainda precisa se recuperar. Com isso, esse indivíduo não tem a mesma capacidade de executar suas atividades pessoais e profissionais, podendo cometer erros que não cometeria se estivesse completamente descansado. Por outro lado, uma noite de sono bem aproveitada é primordial para elevar o rendimento de qualquer pessoa, melhorando a produtividade e os resultados apresentados”, pontua.

No caso de um cargo de liderança, por exemplo, a importância do sono é ainda maior. “Líderes e gestores, geralmente, acumulam funções de impacto em uma companhia. Portanto, descansar bem é fundamental para ter a disposição de comandar uma equipe no dia seguinte. Os colaboradores de uma empresa costumam ser contagiados por seus líderes, tanto positiva quanto negativamente”, declara Dr. Gleison Marinho.

Para o especialista em Medicina do Sono, existem algumas dicas que podem estabelecer uma rotina de sono inteligente, capaz de aumentar a produtividade e a disposição no ambiente de trabalho. “Primeiramente, é fundamental entender as necessidades do próprio corpo. Se prender ao clássico conceito de dormir oito horas por dia é um bom pontapé inicial, mas esse não deve ser o único indicador levado em consideração. A necessidade de sono varia de acordo com cada pessoa, por isso é importante que cada um entenda o seu próprio organismo. Alguns se sentem bem dormindo apenas seis horas por dia, enquanto outros precisam de até 10 horas para estarem com toda a disposição necessária no dia seguinte. É importante ter algum autoconhecimento nesse sentido antes de introduzir regras sobre o próprio sono”, pontua.

Estabelecer uma rotina de sono também pode ser um passo importante neste sentido. “É muito difícil manter a disciplina e ir para a cama sempre no mesmo horário. No entanto, se levarmos em consideração que temos um horário fixo para acordarmos durante a semana, é recomendável ter o mesmo rigor sobre o momento certo de ir descansar. Se o horário definido for 22 horas, por exemplo, será necessário adequar os compromissos noturnos a essa rotina, mitigando as chances de dormir em um horário completamente fora do que foi estabelecido”, relata o médico formado pela UFRJ.

O especialista acredita que criar um ambiente propício ao sono também pode ser um passo valioso em busca de noites bem dormidas. “Deve-se desenvolver um ambiente que inspire tranquilidade e permita que o sono seja, realmente, um combatente do cansaço. Evite a possibilidade de claridade entrando no cômodo, seja pelas janelas, telas de televisão e até mesmo o celular, e esteja atento em relação a cama e os travesseiros, que devem oferecer o máximo de conforto para que o cérebro compreenda esse ambiente como um lugar de repouso, entrando com mais facilidade em um estado que favoreça um sono pleno e restaurador”, finaliza.

Sobre Gleison Marinho Guimarães

É médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), especialista em Medicina do Sono pela Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) e também em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). Possui certificado de atuação em Medicina do Sono pela SBPT/AMB/CFM, Mestre em Clínica Médica/Pneumologia pela UFRJ, membro da American Academy of Sleep Medicine (AASM) e da European Respiratory Society (ERS). É também diretor do Instituto do Sono de Macaé (SONNO) e da Clinicar – Clínicas e Vacinas, membro efetivo do Departamento de Sono da SBPT. Atuou como coordenador de Políticas Públicas sobre Drogas no município de Macaé (2013) e pela Fundação Educacional de Macaé (Funemac), gestora da Cidade Universitária (FeMASS, UFF, UFRJ e UERJ) até 2016. Professor assistente de Pneumologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Campus Macaé.

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