Maio amarelo: Brasil registrou o equivalente a 16 mortes por dia no trânsito

Os números equivalem a 16 mortes por dia, e servem de alerta para a população. Em Ribeirão Preto, foram registradas 80 mortes no trânsito até novembro do ano passado. O médico emergencista e coordenador do pronto-atendimento do Hospital São Lucas, Dr. Tiago Soares Lamenha Gomes (CRM:134704), comenta que, somente no hospital, foram em torno de 100 a 150 casos decorrentes de acidentes de trânsito no período de 2024.

As ocorrências mais comuns envolvem politraumas, traumatismos cranioencefálicos (TCE), fraturas expostas, traumas torácicos e abdominais. As sequelas mais frequentes incluem amputações, déficits neurológicos permanentes, limitações motoras e dor crônica.

“Esse número evidencia que a violência no trânsito ainda é uma das maiores causas de morte evitável no Brasil. Cada vida perdida representa um drama humano e social que poderia ser evitado com maior responsabilidade no trânsito”, comenta.

Entre casos de maior gravidade, estão traumatismos cranianos com incapacidade permanente, lesões medulares com paralisias e amputações. Condições que, segundo o médico, impactam profundamente a qualidade de vida e podem demandar reabilitação prolongada e adaptações permanentes.

“Caso você esteja envolvido ou presencie um acidente, mantenha a calma e acione imediatamente o serviço de resgate. Não se deve movimentar as vítimas, a menos que haja risco iminente, como incêndio. Se você for testemunha, sinalize o local para evitar novos acidentes e aguarde a chegada da equipe de resgate, transmitindo as informações necessárias. De modo geral, é importante respeitar os limites de velocidade, jamais dirigir sob efeito de álcool ou drogas, usar sempre o cinto de segurança, não utilizar o celular ao volante e ter atenção redobrada aos pedestres e motociclistas. A consciência coletiva é a base para um trânsito mais seguro”, conclui o emergencista.