O mundo conspira a favor da mulher madura
Se gostou compartilhe!
Elas já são mais de 30 milhões no Brasil, estão atentas à saúde e longevidade e movimentam a economia de forma surpreendente
Somente no Brasil já existem mais de 30 milhões de mulheres com 50 anos ou mais, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso significa que a maturidade vive um momento de grande expansão e requer atenção. Hoje temos mais avós do que netos no planeta, curiosidade estatística que reflete, por exemplo, uma realidade de protagonismo econômico e social para as mulheres 50+.
Não é novidade falarmos que estamos todos envelhecendo, mas o que está mudando nos últimos anos é a rapidez com que a expectativa de vida vem aumentando em todos os países. A cada ano, um recém-nascido vive aproximadamente três meses a mais do que aqueles que nasceram no ano anterior. E no mundo, temos hoje 1.739 supercentenários validados, que são homens e mulheres que já chegaram aos 110 anos. Mas de acordo com o Aging Analytics: Supercentenarians Landscape Overview 2021, entre os supercentenários mapeados por distribuição de gênero estão 160 homens contra 1.579 mulheres.
Aliado a estes dados, a população está tendo menos filhos e o resultado é a famosa pirâmide etária, que deixa de ser um triângulo e passa a tomar um formato semelhante ao de uma pera, com nações identificadas como prateadas, onde os jovens não são mais a maioria. Já temos, por exemplo, mais pessoas acima de 50 anos no Brasil, do que adolescentes de até 17 anos.
Essa realidade traz preocupações como, quando vamos nos dar conta que precisamos de mais serviços, mais produtos, campanhas publicitárias e políticas públicas voltadas para os 50+? Afinal, o consumo já movimenta 15 trilhões de dólares por ano no mundo e não é nenhum tipo de exagero afirmar que as pessoas que fazem parte do grupo da população madura são e serão os principais consumidores de todos os setores da economia.
A fase dos 50+ traz também muitos desafios e requer inclusão, superação e reinvenção. Afinal, junto com a idade, essa fase traz grandes desafios, incluindo os hormonais. E foi pensando nisso e dando atenção para este público, que um movimento pioneiro da maturidade feminina se uniu no Brasil para criar o U+ FESTIVAL. Uma iniciativa de profissionais que atendem o universo das demandas das mulheres maduras e que vai realizar o evento de lançamento em São Paulo, trazendo um assunto de extrema importância especialmente para a saúde das mulheres 50+.
Sexualidade e Maturidade serão abordadas de forma transparente e natural, sem tabus, para evidenciar a diversidade e individualidade da mulher brasileira. O painel será comandado pelas especialistas Juliana Schulze, Ana Canosa e a convidada Isabel Dias, todas com um profundo conhecimento sobre o tema.
“A maneira que lidamos com emoções e sentimentos relacionados à sexualidade depende do conhecimento que temos da nossa própria sexualidade e também dos tabus que nos levam a insegurança e muitas vezes ao silêncio”, declara Juliana Schulze, fisioterapeuta, professora de educação física, trabalha com saúde da mulher e é especialista em fisiologia do exercício, medicina do estilo de vida, além de doutora em psicologia e mestre em ciências da saúde.
O lançamento do U+ Festival acontece no dia 1 de novembro, na Unibes Cultural, em São Paulo, e será realizado de forma híbrida, com a participação presencial da imprensa e dos influenciadores, e transmitido via YouTube para todo Brasil.
Bete Marin, cofundadora do U+ Festival e investidora serial na economia prateada afirma, “nós estamos vivendo o boom da economia prateada no mundo (conjunto de produtos e serviços que atendem pessoas 50+). Nosso movimento pretende impactar 20 milhões de mulheres no Brasil até março de 2023. É preciso dar voz, entender e atender as demandas dessas mulheres que ainda se sentem invisíveis perante as marcas”, destaca Marin.