
Para 55% dos lojistas, Dias dos Pais pode ter queda de 5% nas vendas
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Por Ariane Ribeiro
De acordo com pesquisa realizada pela FCDLESP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo), 55% dos lojistas preveem queda de 5% nas vendas para o Dia dos Pais, 25% dos empresários presumem um percentual negativo de 10%, e os 20% restantes dos comerciantes têm expectativas que o Dia dos Pais seja estável, sem crescimento ou números negativos nas vendas.
“Após quatro meses do anúncio da quarentena, ainda estamos vivendo o impacto econômico por conta da crise causada pelo novo coronavírus. Diante desse cenário, o comércio varejista reflete impactos negativos nas vendas, como a expectativa para o Dia dos Pais”, explica o presidente da FCDLESP, Maurício Stainoff.
Para os lojistas, os setores que mais podem ser favorecidos nas vendas são vestuário, calçados, perfumes, eletrônicos e ferramentas. O Dia dos Pais é uma das datas mais importantes do segundo semestre para o varejo.
Cerca de 95% dos lojistas têm expectativas positivas referente a liquidação de inverno, pois coincide com o Dia dos Pais, dessa maneira os descontos nos produtos podem chamar atenção do consumidor e impulsionar as vendas, outros 5% supõem que os consumidores estarão em busca de outros tipos de presentes.
O comerciante Daniel Sacchini, da Ótica & Relojoaria Valéria, faz parte do comércio essencial, que não teve que baixar as portas durante a pandemia. “Estamos trabalhando com horário reduzido e tomando todos os cuidados necessários para receber nossos clientes. Mesmo assim as pessoas tem medo de sair de casa, então intensificamos nossas vendas pelo WhatsApp. Essa ferramenta está nos ajudando muito, explica Sacchini. As vendas em datas comemorativas como a do Dia dos Pais chegam a aumentar 10% em relação aos dias normais. A expectativa para que essa porcentagem se mantenha é grande. “Estamos mantendo a média em dias normais, por isso acredito no aumento das vendas neste período. Já nos preparamos com uma coleção exclusiva para os papais serem presenteados”, conclui.
Mônica Priscila Nicolini Bietresato é sócia proprietária de quatro lojas da Ótica Silva, no centro de Ribeirão Preto. Para ela as vendas serão menores em relação ao ano passado, mesmo com as portas abertas. “O ramo ótico é pouco influenciado por datas comemorativas como Páscoa, Dia das Mães e até Natal, por ser produto de necessidade. E, muitos que precisam trocar seus óculos estão respeitando o isolamento social, postergando o prazo. Sobre o comércio geral, acredito que será bem ruim. Não tem jeito de comparar ao ano anterior, quando todo mundo estava com as portas abertas”, afirma a comerciante.
A ótica também esta usando as redes sociais e Apps para intensificar o relacionamento com os clientes e atender os novos. Para Mônica esse é um cenário que demorará para mudar. “Estamos lidando com incertezas. São duas correntes: uma que acredita na resposta rápida do comércio, pelo longo período sem consumo. E, a outra de uma recuperação lenta em razão das centenas de pessoas que perderam seus empregos, que são os consumidores final. Mas o que não podemos é perder nossa fé, acreditar que tudo isso vai passar”, desabafa.
Devido a readaptação no modelo de negócio das empresas, do físico para o online, 60% dos lojistas acreditam que a maior parte das compras para o Dia dos Pais será por meio do e-commerce, visto que os clientes ainda estão receosos de sair e preferem receber os produtos em casa, outros 40% dos empresários preveem uma divisão referente as vendas nas lojas físicas e virtuais.
A pesquisa foi realizada com a participação das principais CDLs do Estado de São Paulo.
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