PARA TODAS AS MULHERES: O símbolo da fragilidade é o meu alicerce e minha fortaleza
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Mais que uma data comemorativa o Dia da Mulher serve para dar voz às mulheres
O Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje, 8 de março, é uma celebração pela luta histórica feminina por igualdade de gênero. Graças a essa revolução, a mulher pode estudar, votar, ser eleita, trabalhar ou simplesmente ficar em casa. O direito da escolha foi uma grande libertação, mas o desafio não parou por aí. Ainda há a necessidade de brigar por sistemas mais justos para o gênero em diversos campos.
Amelia Earhart, Ruth Bader Ginsburg, Angela Davis, Chiquinha Gonzaga e Lélia González são mulheres conhecidas, que marcaram a história, quebraram barreiras e melhoraram a vida de muitas pessoas. Mas é importante lembrar também das mulheres do cotidiano, que lutam por espaço e respeito em meios ‘normalmente’ masculinos, e se destacam em diversas posições.
O meu maior exemplo de força e que me inspira a ser uma mulher forte é a minha mãe, Edna Gonçalves Ribeiro. Criou quatro filhos praticamente sozinha. Dona de casa, ela se dedicou à maternidade. Somos em quatro irmãos: Aliadni, Aline, eu e o Bruno. Ela também foi a melhor esposa. Resistiu a um casamento, enquanto a ela coube a escolha, por mais tempo do que os outros esperavam. Sim, as pessoas a chamavam de fraca por suportar um matrimônio em que ela não era respeitada. Mas foi nessa “fraqueza” apontada por muitos, que eu e meus irmãos descobrimos a verdadeira força de uma mulher. Ela nos deu exemplos e nos enche deles até hoje.
Executa o seu papel com maestria. Uma mulher cristã, que enfrentou e enfrenta até hoje vários combates de forma silenciosa, dentro do seu quarto de oração. “Não tive amigas, sempre fui reservada mas também nunca me senti sozinha. Deus sempre esteve comigo, ele é meu melhor amigo. Segurou na minha mão e me carregou no colo”, afirma ela sempre que precisa dar um testemunho de vida ou um simples puxão de orelha em um dos seus.
Enfrentou seus medos, superou todos e entende que viver é assim. “Com as escolhas certas você constrói uma grande história. Mesmo se não sair como o script vai valer a pena, servirá para te reconstruir, e a reconstrução faz parte”, fala com amor, mas sempre em tom de autoridade. E tem gente que ainda diz que puxei para o meu pai! Eu tenho certeza que foi para ela. Se eu sei cair e levantar foi porque minha mãe me ensinou. Se eu busco meu lugar ao sol todos os dias, foi porque ela me mostrou a direção. Resiliência, garra, determinação, força, honestidade, superação e amor é a bandeira que ela carrega.
Outras dessas mulheres batalhadoras se chama Elisabete Cristina do Carmo. Ela é mãe, avó, esposa e uma profissional que acorda cedo todos os dias para trabalhar em casas de família. Ela é faxineira e a conheço há muitos anos (Jousy falando). Costumo falar que se todas as mulheres tivessem, pelo menos, cinquenta por cento da autoestima da Bete, não teríamos tanto insegurança feminina. Ela trabalha duro, mas não deixa de se cuidar. Médico? Ela vai em todos que precisa. Não falta a uma visita ao ginecologista. O cabelo? Sempre impecável. Na verdade, ela ama mudar. As unhas? Não é porque ela faz faxina que as unhas tem que ficar mal feitas. Ela é uma guerreira que acolhe a todos: cuida da mãe doente, dos netos, dos filhos e ainda tem tempo para ajudar a quem precisa. “Jousy fulano não tem roupa pra vestir. Cicrano está sem comida em casa”, pede ela para todos que precisam.
São tantas mulheres que gostaríamos de homenagear. Separamos, então, a história da mãe da nossa leitora, Karina Luiz, que fez questão de responder a uma enquete do Segura no Instagram. A história dela é como de muitas, que deixaram suas carreiras para ser mães e esposas. O nome dela é Sônia Apparecida Santi Letice, aposentada, de 71 anos. Essa guerreira, da cidade de Luzitânia (SP), que cuida da família com muito amor, trabalhou por 14 anos, em um laboratório de uma usina química, em Jaboticabal, e largou a profissão para casar. Apparecida é filha de italianos. Ela é gêmea com o irmão e teve filhos gêmeos (Luis e Marcos). A Karina é irmã mais velha dos dois. Dona Apparecida é uma avó carinhosa de seis netos e uma mãe dedicada. “Ela é sinônimo de força, garra e união”, diz a filha. Parabéns para vocês duas, Karina e Apparecida!
Eu gostaria que todos vocês, leitores queridos, tivessem o símbolo da fragilidade como exemplo de fortaleza e alicerce.