
Separação de Virginia Fonseca e Zé Felipe: como pode impactar os filhos?
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Mesmo com os pais presentes, filhos pequenos podem sofrer se forem expostos a conflitos ou afastamento de um dos genitores, alerta psicóloga perinatal
A recente separação de Virginia Fonseca e Zé Felipe levantou dúvidas sobre como o fim de um relacionamento pode afetar o desenvolvimento emocional dos filhos. Apesar da comoção nas redes sociais, a psicóloga perinatal Rafaela Schiavo, fundadora do Instituto MaterOnline, afirma que o divórcio nem sempre representa um risco para as crianças, desde que pais e mães permaneçam presentes e evitem expô-las aos conflitos.
A psicóloga também pontua que o desenvolvimento infantil não é a separação em si, mas sim a forma como ela é conduzida. “É melhor que a criança perceba que seus pais estão melhores separados do que juntos, do que viver num ambiente de brigas, tristeza ou tensão”, afirma.
A especialista explica que o maior risco ocorre quando há afastamento de um dos pais, alienação parental ou conflitos constantes que envolvem os filhos. “Se a criança deixa de ver um dos genitores ou é colocada no meio das brigas, isso sim pode afetar sua saúde mental”, alerta.
Separar o casal da parentalidade
Rafaela reforça que o fim da relação amorosa entre os adultos não significa o fim do vínculo com os filhos. “O que acaba é a relação de casal, mas o amor pelos filhos continua. A separação precisa ser entre os dois adultos, não entre pais e filhos”.
Ela lembra que, nas últimas décadas, principalmente nos anos 1990 e 2000, muitas crianças cresceram em meio a separações mal resolvidas, com brigas intensas e pouco preparo emocional dos pais. O resultado foi uma geração marcada por inseguranças, dúvidas sobre o afeto parental e ausência de convivência com um dos genitores.
O que pais separados devem evitar?
Entre as atitudes mais prejudiciais para os filhos estão:
- Falar mal do(a) ex-parceiro(a) para a criança
- Disputas pela guarda com intenção de ferir o outro
- Reduzir o contato da criança com um dos pais sem justificativa
- Usar a criança como intermediária em recados ou conflitos
Por outro lado, separações saudáveis, com guarda compartilhada e respeito mútuo, podem preservar o bem-estar da criança. “O ideal é que a criança continue convivendo com ambos os pais com frequência, sentindo-se amada e segura”, diz Rafaela.
Como proteger a saúde mental das crianças?
De acordo com a especialista, crianças pequenas também sofrem com o afastamento, mas expressam isso de forma diferente. “A criança pode não dizer com palavras, mas sente. Ela percebe a ausência, se pergunta por que não vê mais aquele pai ou mãe. Isso precisa ser acolhido com cuidado”, afirma.
Ela orienta que pais em processo de separação busquem ajuda profissional caso percebam mudanças significativas de comportamento nos filhos, como tristeza prolongada, irritabilidade ou recusa em conviver com um dos genitores. O apoio psicológico perinatal, quando necessário, pode fazer toda a diferença.
Quem é Rafaela Schiavo? Possui graduação em Licenciatura Plena em Psicologia e em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Além disso, concluiu seu mestrado em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem e doutorado em Saúde Coletiva pela mesma instituição. Realizou seu pós-doutorado na UNESP/Bauru, integrando o Programa de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem. Tem experiência na área de Psicologia, com ênfase em Desenvolvimento Humano, atuando principalmente nos seguintes temas: Desenvolvimento pré-natal e na primeira infância; Psicologia Perinatal e da Parentalidade. |
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