Sudeste do Brasil lidera ranking em casos de câncer de cabeça e pescoço
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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), mais de 20 mil novos registros devem ocorrer na região somente em 2024. Conjunto de tumores atinge áreas da boca, faringe, laringe e cavidade nasal.
No mês de conscientização sobre o câncer de cabeça e pescoço, o alerta é para a importância da prevenção e diagnóstico precoce da doença. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 60% dos casos são detectados em estágio avançado, intervindo na qualidade de vida durante e após o tratamento, podendo gerar sequelas funcionais e psicológicas.
“Quanto mais cedo descobertos, maiores são as chances de bons resultados com o tratamento desses tumores. É necessário estar atento aos primeiros sinais da neoplasia, que podem ser lesões na boca que não cicatrizam em 15 dias, dificuldades ao engolir, dor de garganta persistente e aparecimento de nódulos no pescoço. Também é importante observar manchas na parte interior da boca, mudança de cor e também rouquidão persistente. Ao notar qualquer sinal que esteja fora do comum, um especialista deve ser procurado”, comenta Carlos Fruet, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a previsão para o Brasil em 2024 é de 39.550 novos casos de câncer de cabeça e pescoço, sendo a maior incidência na região Sudeste, onde cerca de 20.470 pessoas devem ser acometidas.
“É fundamental falarmos sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de cabeça e pescoço, especialmente na nossa região, que tem apresentando um aumento no número de casos. Estar atento aos sinais do corpo e manter uma rotina saudável é o principal passo a ser tomado para evitar está e tantas outras doenças”, ressalta o médico.
No início de 2023, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) registrou entre os meses de janeiro a maio, mais de 20 mil atendimentos ambulatoriais e internações hospitalares para tratar os tipos de câncer que atingem a região da cabeça e do pescoço. Esses números representaram um aumento de 13,3% em relação ao mesmo período de 2022, quando foram realizados 18 mil atendimentos e internações.
Já em outro estudo realizado pela SES-SP foi identificado que 80% dos pacientes atendidos com esses tipos de tumores são ou já foram tabagistas. “Os principais fatores de risco são o tabagismo, consumo excessivo de álcool e a infecção pelo vírus HPV. Importante ressaltar que a vacina contra este vírus está disponível de graça nos postos de saúde para meninas e meninos dos 9 aos 14 anos” diz o oncologista.