Boa liderança independe de gênero

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Para Monique Stony, mulheres desenvolveram algumas habilidades específicas,

mas não é possível generalizar a forma de liderar

 

Um bom líder tem características especiais que o tornam alguém fundamental dentro de uma organização, mas essas características independem de gênero e podem ser desenvolvidas por qualquer um que queira se aprimorar na função. Estamos no mês das mulhers. Dia 8 de março, comemoramos o Dia Internacional da Mulher, data criada em 1917 para a celebração da luta pelos direitos das mulheres, é um marco essencial para o reconhecimento e fortalecimento do feminismo — e, portanto, da luta por uma sociedade mais justa e igualitária.

De acordo com Monique Stony, psicóloga com mais de 15 anos de experiência como executiva de Recursos Humanos em organizações multinacionais e apoiadora do desenvolvimento pessoal e profissional de mulheres, não se deve generalizar ao pensar em liderança, ainda que as mulheres possam ter desenvolvido algumas habilidades específicas por questões históricas e sociais.

“Eu acredito em bons líderes independentemente do gênero. Ou seja, acredito em pessoas que tenham visão, planejamento, boa comunicação, poder de escuta ativa, influência, interesse pelo desenvolvimento dos outros, empatia, resiliência etc”, diz. Ela explica que a liderança tem a ver com pessoas e não com o fato do líder ser mulher ou homem. “Ao longo da minha experiência já vi uma série de situações acontecerem com todos os gêneros. O que acontece é que, por conta de uma bagagem histórica e social, as mulheres costumam ter uma maior predisposição a desenvolver características como empatia, escuta ativa, flexibilidade e resiliência”, avalia.

Essa fala da Monique é tão importante para mim, Ariane. Sempre acreditei na força da mulher. Eu tive uma construção familiar que me ensionou a acreditar sem questionar o fato de ser mulher. Minha mãe nunca trabalhou fora de casa, mas trabalhava muito mais que qualquer diretor de empresa. Criou 4 filhos, varios cachorros, gatos, coelho, papagaio e tartaruga. Cuidou de uma casa sem nunca precisar de um homem para trocar uma lampada ou um chuveiro. Ela construia carrinho de rolimã e pipa para mim e meus irmãos. Nunca me falou que isso ou aquilo era coisa de homem e que eu nao poderia fazer. Minha mãe sabe empoderar mulheres porque ela é muito empoderada. 

Até meu irmão caçula nascer meu pai tinha que educar 3 filhas mulheres. Eu sempre gostei de boneca, mas minha irmã Aline odiava, ela gostava de montar pista autorama de carrinhos de corrida. Então, meu pai comprava bonecas e carrinhos, sem questionar. Ele nos ensinou a dirigir, guiar mobilete, carro, kombi e caminhão. Nos levava no campo de futebol, ele é botafoguense. Aos finais de semana iamos para a empresa com meu pai, ele brincava com a gente de sentar na mesa do escritório e trabalhar. Simulava ligações entre os ramais da empresa, se passava por clientes. Nunca me deixou ter um relógio digital, era analógico, ele perguntava de 5 em 5 minutos o horário, eu demorava 15 para responder, até contar os pausinhos ia tempo, mas ele não desistia.

Meus pais nos criaram dentro do contexto bíblico, a mulher precisa exercer seu papel e o homem o dele. Não vou entrar no contexto religioso neste texto, mas uma coisa posso afirmar: se você quiser criar filhAs empoderadas e filhOs sensíveis sem distorção de valores este é o único caminho, o da fé, o de Deus.  

» Prestem atenção na fala abaixo da psicóloga «

» A especialista explica que, culturalmente, a mulher acaba tendo que lidar com situações de pressão ao conciliar a vida pessoal com a vida profissional, e essas situações acabam contribuindo para que desenvolva certas habilidades, especialmente se já é mãe. “Sabemos que algumas tarefas deveriam ser papel tanto do pai quanto da mãe, mas infelizmente elas caem mais no colo das mulheres”, analisa.

Para uma mulher se tornar uma boa líder, além das características já citadas, Monique afirma que é preciso saber se posicionar, comunicar o que quer e onde quer chegar, trabalhar bastante com feedback e conseguir dar apoio quando preciso. “E isso vale para qualquer liderança na verdade”.

Sobre Monique Stony

Monique Stony é psicóloga e possui mais de 15 anos de experiência atuando como executiva de Recursos Humanos em organizações multinacionais e apoiando o desenvolvimento pessoal e profissional de mulheres. Faz parte do grupo Mulheres do Brasil, onde atua como mentora de carreira de jovens negras. Criou o canal @maesnalideranca no Instagram onde mostra o dia a dia, os desafios e as estratégias da mulher moderna na realização de seus objetivos pessoais e profissionais. Oferece serviços de mentoria, além de palestras e treinamentos corporativos para a liderança e, atualmente, está escrevendo um livro com o propósito de ajudar mulheres a conciliarem carreira e maternidade.

Graduada em psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mestre em Administração com ênfase em Estratégia pelo COPPEAD/UFRJ, além de ter participado de cursos internacionais de educação executiva e aprimoramento profissional em instituições como Stanford, INSEAD e Beck Institute. Monique foi reconhecida duas vezes como um dos profissionais de Recursos Humanos mais admirados do país pela Instituição Gestão RH.

Para mais informações, acesse: https://www.instagram.com/maesnalideranca/

 

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