“Coragem para inovar” é a mensagem que marca o primeiro dia da HSM+

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Parceria da HSM com a MCI traz para o Brasil palestrantes conceituados no exterior e reúne mais de 3 mil pessoas no maior evento de gestão e liderança da América Latina

 

Um convite à mudança. Com essas palavras, o CEO da HSM e CO CEO da SingularityU Brazil, Reynaldo Gama definiu o propósito da HSM+, maior evento de gestão e inovação da América Latina, no discurso de abertura desta terça-feira (22) no Transamerica Expo Center, em São Paulo. Com mais de 160 palestrantes, 12 palcos, 80 horas de conteúdo e 3 mil participantes, o congresso terá sequência na quarta-feira (23), buscando discutir cenários, tendências e criar conexões para o futuro dos negócios.

Após citar como a própria HSM+ passou por transformações e atualizações importantes nesta edição, Gama ressaltou que o mundo exige das pessoas a capacidade de se reinventar. Nesse sentido, o evento trouxe vozes globais significativas do universo corporativo para abordar novas ferramentas, modelos de gestão, empreendedorismo, criatividade e tecnologia. “É um convite para se permitir mudar, desaprender, evoluir. Serão dois dias incríveis com muita disposição para conectarmos insights e sermos mais”, disse.

Na atividade inicial da HSM+, a facilitadora de eventos e membro do World Economic Forum Global Agenda Council on New Models of Leadership, Priya Parker apresentou “A arte do reencontro”, refletindo a respeito de interações, reuniões e resolução de conflitos em ambientes de trabalho, especialmente a partir dos impactos proporcionados pela pandemia.

Autora do famoso livro “A arte da reunião: como nos encontramos e porque isso importa”, ela pontuou diversos aspectos que permeiam tais compromissos, desde como cativar e manter a atenção dos participantes até os papéis do anfitrião, das lideranças e os processos de tomada de decisão, salientando como as conversas são construções coletivas de mecanismos de feedback. “O maior erro que podemos cometer em uma reunião é pular a definição do propósito. Quando a finalidade não está clara para todos os envolvidos, isso gera desconfiança. Tudo deve ser desenvolvido a partir do propósito”, afirmou Parker, comentando as particularidades das reuniões presenciais, virtuais e híbridas.

 

Empreendedorismo e o futuro do trabalho

Na sequência dos debates da manhã, os “tubarões” João Appolinário, fundador da Polishop, e Carol Paiffer, sócia-fundadora da ATOM S/A, compuseram o painel “Shark Tank Brasil: segredos do empreendedorismo que fazem a diferença”. Dedicação, conhecimento, liderança e intraempreendedorismo foram alguns dos elementos-chave apontados para se construir uma jornada de sucesso no universo do empreendedorismo.

Para Appolinário, empreender tem a ver com atitude, ação, disciplina e reação, por meio da dedicação. “Não existe empreendedorismo sem liderança. O líder é seguido, enquanto o chefe é obedecido. O líder é seguido porque tem conhecimento e resposta. É alguém que se pode confiar, que já se mostrou capaz”, define. No caso daqueles que têm o desejo de empreender e não sabem como iniciar a jornada, Carol Paiffer recomenda a passagem por três etapas: “Comece a empreender dentro da empresa onde você está. Depois, monte uma franquia e, por último, abra seu próprio negócio”, argumenta.

No início das atividades da tarde na HSM+, o autor de livros sobre aprendizado e organização Gary Bolles, presidente-adjunto do Future of Work for Singularity Group, esteve à frente da palestra “O futuro do trabalho”. Com mais de 1 milhão de alunos no LinkedIn Learning, Bolles defendeu que a tecnologia (por meio de softwares e ferramentas), pode ajudar a resolver problemas, porém o foco deve ser sempre o ser humano, que é quem de fato precisa ser beneficiado pelo progresso da técnica e das “regras que estamos co-criando”, enquanto sociedade, para o futuro do trabalho.

Segundo o autor, vivemos em uma era de crescimentos exponenciais, disrupção e flexibilidade, na qual propósito e significado são essenciais para muitas pessoas, o que traz novas oportunidades às organizações. Traçando um paralelo com o logo do HSM+, Bolles apresentou um desafio à plateia. “Quero que vocês pensem no seu plus, no que podem fazer de diferente para ajudar a construir um futuro do trabalho mais humanizado. O símbolo do evento de hoje não é só um apêndice, mas um pedido, uma sugestão para pensar maior”, exclamou.

 

Mulheres na ciência, estratégia e liderança

A jornalista Luiza Alves conduziu o painel “Estrelas do novo tempo: as mulheres que estão revolucionando a astronomia” que contou com a participação da primeira brasileira a concluir o treinamento de astronautas da Nasa, Laysa Peixoto, e a astronauta americana Dra. Cady Coleman.

As três discutiram inspirações, divulgação científica, suas carreiras e o papel das figuras femininas na ciência. “Frequentemente chego em uma reunião de trabalho e identifico uma, duas mulheres, no máximo. É preciso contar com a participação de representantes de grupos minoritários em diferentes ambientes para que todos possam se inspirar e entender que é possível concretizar sonhos como ser um astronauta, por exemplo, mas também para garantir que estamos tomando as melhores decisões”, ressaltou Cady.

Para encerrar o primeiro dia da HSM+, a Consultora Sênior de Clientes no Morgan Stanley, Carla Harris comandou a palestra “Estratégia e liderança: como ser um líder de impacto em qualquer situação”, dividindo experiências e relatos importantes para a construção de carreiras e lideranças nas organizações. De acordo com ela, o “Santo Graal” não é mais permanecer na mesma empresa por décadas, mas pensar a cada 5 anos onde se quer estar e como evoluir na carreira.

O sucesso, no entanto, não pode ser obtido isoladamente, por mais inteligente e disposta que a pessoa seja. “Muitas decisões relevantes da sua carreira vão ser tomadas em espaços que você não estará presente, então alguém precisa estar naquela sala apoiando o seu nome e defendendo você”, afirma Harris, sublinhando o valor dos relacionamentos nos ambientes de trabalho.

Para amplificar as lideranças em uma organização, ela sustenta a necessidade de quem comanda saber delegar tarefas, afinal, “não é só porque você sabe fazer tal atividade que você deve executar tal atividade”. Harris ainda teceu considerações sobre como construir confiança, ser autêntico e se portar com segurança no mundo corporativo. “O que conecta tudo isso é a coragem, que permite ouvir vozes diferentes e não ter medo de inovar. Podemos acelerar a inovação e o progresso se formos líderes diferentes, e assim construir um mundo melhor”, disse.

 

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