Prática de Ciclismo Aumenta Durante a Pandemia

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Ortopedista e Especialista em Trauma do Esporte, Orienta Iniciantes e Ciclistas Profissionais, A Maneira Correta de Fazer Seu Treino e Evitar Lesões e Desconfortos.

O ciclismo é um esporte que vem crescendo nos últimos anos e, devido à pandemia do coronavirus, observou-se um aumento significativo da sua prática em diversos estados e cidades do país. Isso deve-se ao fato de que, além do ciclismo ser uma atividade extremamente prazerosa e feita ao ar livre, ele alia a possibilidade de ir a lugares diferentes e mais afastados, de ser praticado em família e em ambientes naturais. Por estes motivos ele acaba sendo muito positivo para a saúde física e mental do indivíduo.

Além disso, usar a bicicleta  tem servido também como opção de meio de transporte, sendo uma alternativa para evitar aglomerações, ao contrário do que sempre acontece em transportes públicos, como indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Camila, 39 anos, publicitária carioca, não demorou nada em decidir dar um up nas bikes da família e começar a praticar o ciclismo, diariamente, como forma de atividade física e para o alívio do stress causado pela pandemia e pelo dia a dia.  –“A gente sai todos os dias às 8h da manhã e hoje. Depois de um mês praticando, diariamente, temos visto os resultados, que são muito positivos em todos os sentidos”.

Apesar de contribuir para o isolamento, o ciclismo não elimina a necessidade do uso de máscara, principalmente se for praticada em grupos, como medida para diminuir o risco de acometimento pelo COVID-19.

O médico ortopedista, Samuel Lopes,  especialista em Trauma do Esporte e praticante do ciclismo, alerta para aqueles que estão iniciando suas pedaladas, agora. “Ao começar uma atividade física, é preciso evoluir gradativamente e no seu ritmo, ao invés de tentar acompanhar o ritmo de outras pessoas mais experientes e regulares no ciclismo. O aumento da intensidade de suas atividades deve ser gradual, para evitar que seja gerada uma sobrecarga no seu corpo e para que a prática não deixe de ser prazerosa. Por isso, se tiver algum profissional que possa orientá-lo nos primeiros passos, é sempre melhor”, diz.

“Além das máscaras para proteção do coronavirus, outros equipamentos de proteção sempre devem ser utilizados, como o capacete, luvas e roupas próprias para o ciclismo. Eles contribuem para diminuir riscos e também proporcionam mais conforto ao pedalar”, acrescenta o médico.

O ortopedista também pede atenção para os cuidados com o corpo ao praticar o ciclismo. “Oara não causar danos ao corpo, atentar-se à postura correta ao pedalar, bem como os ajustes da bicicleta de acordo com seu usuário. Uma boa iniciativa para realizar esses ajustes é a realização de uma avaliação chamada bike fit, que ajusta a bicicleta ao tipo físico do ciclista”, alerta.

Por fim, outro ponto de destaque é sobre a prevenção de dores e lesões por sobrecarga. “É bem provável que pessoas que já praticam o ciclismo, há bastante tempo, já tenham vivido algum momento de dor ou desconforto após pedalar. As regiões mais frequentemente implicadas são a coluna e os joelhos, sendo alguns fatores os mais associados às dores: a má postura na bicicleta, fraquezas musculares ou mesmo excesso de treinamento”.

 

“Para prevenir essas dores, corrigir a postura é fundamental, além de realizar um treinamento orientado dos grupos musculares que são fundamentais para o pedal, contando com um profissional que te oriente nos seus treinos e possa te ajudar a pedalar melhor”, completa  Samuel Lopes.

Se você ainda não experimentou, fique sabendo que por ser tão completo quanto a caminhada, o ciclismo é muito indicado para combater o sedentarismo e possui inúmeros benefícios, dentre eles: fortalecer a musculatura; auxiliar na saúde do coração; reduzir o estresse; melhorar a respiração e ajudar no equilíbrio.

Vale lembrar também que a OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda que toda pessoa pratique 150 minutos de atividade de intensidade leve a moderada por semana para ter benefícios para a saúde, em geral.

E então? Vamos pedalar?

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