Entenda os principais erros cometidos em solicitações de crédito

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Especialistas alertam sobre práticas que podem prejudicar o processo de solicitação e dificultar o acesso ao recurso

 

O sistema financeiro e a  indústria de crédito vêm passando por constantes transformações, principalmente, no que diz respeito à análise de concessão para tomador de crédito. Com tantas inovações nas plataformas como o PIX, Open Banking e Cadastro Positivo dando acesso a novos clientes e mercados, a expectativa é que os dados gerados por esses sistemas permitam, por exemplo, a criação de novos serviços e produtos.

Para Michel Varon, CEO do Vadu, neste contexto conceder crédito transcende a maneira analógica de verificação de dados, com base no capital social. “O grande problema a ser resolvido  para chegar a um diagnóstico deixa de ser a investigação do passado e passa a ser a avaliação do futuro da atividade do tomador de crédito, por meio de tecnologias baseadas em Big Data e Inteligência Artificial (IA)”, afirma Varon.

Segundo Renan Shaefer, diretor executivo da ABFintechs, co-fundador da Harpia Investimentos e diretor adjunto de crédito da Assespro Paraná, não são apenas as Pessoas Físicas que cometem erros na hora de solicitar crédito. Segundo o especialista, empreendedores e autônomos também acabam pecando neste processo e, muitas das vezes, por falta de alguns conhecimentos primordiais.

Conheça abaixo os principais erros:

Ausência de contabilidade
Para Shaefer, com o avanço da tecnologia, há hoje diversas opções de contratação de uma contabilidade ou um setor financeiro, até mesmo dentre startups. Ter essa organização, que contempla demonstrativos financeiros como DREs e Balanços, por exemplo, é ideal para não misturar as contas das empresas e as contas pessoais.

Não ter noção do quanto busca em recursos financeiros

Segundo Renan, um outro erro constantemente cometido entre os empreendedores e autônomos é querer captar muito mais do que faturam. “Não dá para captar mais de R$ 1 milhão em crédito, com faturamento de R$ 10 mil por mês, por exemplo. Existe um limite máximo de alavancagem que os bancos, fundos e fintechs permitem, e normalmente fica entre cerca de três vezes o valor declarado na receita mensal e 70% da receita anual do ano anterior”, pontua o executivo.

Desconhecimento das garantias utilizadas em cada operação

Aval, garantia em recebíveis, garantia com imóveis ou carros, dentre outros. Tudo isso afeta diretamente a taxa de juros da operação de crédito e ter esse conhecimento é imprescindível para tomar boas decisões nos negócios. “Hoje em dia, várias fintechs estão ajudando a melhorar o acesso à crédito através de garantias alternativas, por isso, é importante conhecer todas as opções disponíveis e optar pela mais efetiva a realidade de cada pessoa”, explica Schaefer.

Falta de informações sobre a empresa 

No mercado de crédito existe algo chamado “assimetria de informação”, que faz com que muitas empresas tenham dificuldade de acessar crédito. Nesse sentido, ter uma organização financeira mais adequada, incluindo dados contábeis, financeiros, dentre outros, bem organizados, ajudará nessa tomada de crédito. Esse erro está estreitamente ligado ao primeiro, ou seja, não contratar uma contabilidade.

Credores focados apenas em dados tradicionais

Frequentemente os credores confiam principalmente em informações financeiras tradicionais para suas decisões de crédito, como pontuações de agências e históricos de crédito. Essas informações são importantes a serem consideradas, mas também podem fazer com que as pessoas que não possuem essas informações sejam recusadas, como aqueles que não têm conta no banco ou são iniciantes em solicitações de crédito. E, apesar disso, entre essas pessoas recusadas estão muitos clientes responsáveis, confiáveis e potencialmente muito valiosos.

Portanto, para complementar os dados tradicionais, os credores devem avaliar informações de crédito alternativas, que podem incluir, por exemplo, dados móveis, dados de e-commerce e dados psicométricos, todos os quais podem fornecer indicadores positivos sobre os comportamentos de risco de um cliente.

“Essas informações podem permitir que os credores avaliem a qualidade de crédito de diferentes aspectos e, em última análise, os ajudem a aprovar mais crédito entre os não bancarizados, sem correr riscos adicionais”, explica Saul FineCEO da Innovative Assessments.

 

 

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