Especialista dá cinco dicas para cuidar melhor da saúde mental em 2022

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Viajar, praticar atividades físicas e deixar um pouco o celular estão entre as medidas fundamentais para ter o emocional equilibrado no novo ano

 

Por conta da pandemia da covid-19, a saúde mental foi um dos assuntos mais discutidos entre 2020 e 2021. Agora, a chegada do Ano Novo enche os brasileiros de expectativas por dias melhores, e cuidar da saúde mental é tida como uma das prioridades em 2022. Aqui pra gente não é fácil manter a saúde mental: problemas da empresa, com a família, filhos e muitas outras responsabilidades fazem a cabeça da mulher moderna ficar “doidinha” (risos). Mas, pelo que vejo eu (Jousy) não estou sozinha.

Cerca de 53% dos brasileiros notaram um agravamento da própria saúde mental, segundo a pesquisa realizada entre abril de 2020 e abril de 2021 do Instituto Ipsos. Sintomas de ansiedade também se tornaram mais recorrentes no país, que já era o mais ansioso do mundo, de acordo com a OMS.

Felipe Laccelva, psicólogo e CEO da plataforma Fepo Psicólogos, acredita que 2022 pode favorecer os cuidados com a saúde mental: “Talvez em 2022 possamos voltar a ter uma rotina mais próxima do período pré-pandêmico, e a relação do brasileiro com o tema mudou muito, pela relevância que ganhou durante a pandemia. Somente na plataforma da Fepo, tivemos um aumento de 1820% em atendimentos psicológicos nos últimos dois anos”, comenta.

Felipe Laccelva, psicólogo e CEO da Fepo Psicólogos

Como ter uma nova saúde mental em 2022?

Uma nova saúde mental é obtida por meio de novos hábitos no dia a dia. Além de ser fundamental as consultas com um especialista, outras atitudes podem ajudar no processo. Abaixo, o Felipe lista cinco dicas para cuidar melhor da saúde mental no próximo ano, são elas:

  1. Ter um tempo para curtir e se divertir;

2. Procurar estar próximo de pessoas queridas e que a companhia faz bem;

3. Praticar atividades físicas com mais frequência;

4. Controlar um pouco mais o uso do celular;

5. Descansar e se cobrar menos.

Outra prática que pode contribuir são as viagens. Este, que é o objetivo de vida de muitas pessoas, é uma das melhores formas de manter a saúde mental saudável.

“Muitos estudos já demonstraram que viajar estimula a criatividade, além de afastar a depressão, a ansiedade e o estresse. Para quem tiver a oportunidade, com certeza é um afazer que ajuda nos cuidados da saúde mental”, destaca Laccelva.

 

O ano eleitoral pode trazer malefícios para a saúde mental?

O ano de 2022 reserva uma intensa disputa pelo cargo de presidente da república. Caso a polarização vista no Brasil recentemente seja mantida até o período eleitoral, o estresse e a animosidade podem prejudicar a saúde mental de muitas pessoas.

“É importante ficar atento sobre quais sentimentos são gerados e se isso está fazendo mal. Caso haja o entendimento que está aumentando os sentimentos de estresse e ansiedade, o ideal é, até mesmo, tentar configurar a rede social para reduzir ou não mostrar este tipo de conteúdo”, diz Felipe Laccelva.

Ainda segundo o especialista, a empatia para compreender o outro será fundamental durante as eleições, pois, apenas dessa forma as relações saudáveis e não destrutivas com amigos e familiares serão mantidas.

O que uma nova onda de Covid-19 pode causar com o emocional da população?

No início de dezembro, a variante Ômicron acendeu o alerta para o Brasil e o mundo, trazendo de volta o receio de uma nova onda de transmissão do vírus. Com isso, as medidas de isolamento poderiam ser necessárias mais uma vez.

Diante de todo o impacto, a ajuda de um profissional é fundamental para evitar os mesmos resultados vistos em 2020 e 2021, porém, o psicólogo relata um pouco do que pode acontecer em caso de uma terceira onda da Covid-19:

“É possível que voltemos a ter aumento nos níveis de ansiedade e depressão assim como antes, devido a ruptura do convívio com as outras pessoas e do isolamento social. Ainda, a frustração da retomada interrompida pode gerar sentimentos negativos e resistência, porque a maioria das pessoas aguardava esse momento, como é o caso das pessoas que perderam os seus empregos e não tem conseguido nova ocupação devido a pandemia”, finaliza Felipe.

 

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