Guarda de Léo: a nova disputa entre Murilo Huff e Ruth, mãe de Marília Mendonça

Se gostou compartilhe!

 

Uma batalha judicial sob segredo de Justiça que desafia conceitos de afeto, responsabilidade e o melhor interesse da criança

Desde 2021, após o trágico falecimento de Marília Mendonça, a guarda de Léo, agora com 5 anos, foi estabelecida em regime compartilhado entre seu pai, o cantor Murilo Huff, e sua avó materna, Ruth Moreira. No último mês, porém, Murilo entrou com ação judicial pedindo guarda unilateral, gerando intenso debate público e jurídico.

O que motivou o pai a pedir a guarda unilateral?

Em 11 de junho de 2025, Murilo Huff – pai dedicado e artista com média de 13 shows por mês – apresentou à Justiça um pedido de tutela provisória para guarda exclusiva, alegando ter obtido “verdades… reveladas nos últimos meses” sobre o bem-estar de Léo. Em postagem oficial, afirmou:

“Nunca pediria a guarda unilateral sem motivos… a prioridade agora é o bem-estar do meu filho.”

Ele também desmentiu acusações de falta de auxílio financeiro, compartilhando comprovantes de gastos fixos mensais superiores a R$ 15 mil.”

Como está estruturada a guarda atualmente?

Desde o acidente, Léo vive com a avó Ruth em Goiânia e tem acesso regular ao pai. O regime compartilhado reconhece a importância de ambos os laços paterno e materno. A mudança para guarda exclusiva exigiria comprovar que isso atende melhor aos interesses da criança, conforme o artigo 1.584, § 5º, do Código Civil.

O ponto de vista da avó, Ruth Moreira

Ruth manteve silêncio formal, limitando-se a publicar mensagens religiosas que expressam resiliência. Sua assessoria jurídica afirmou que o foco é preservar o bem-estar de Léo e proteger seu patrimônio, ressaltando que o neto não recebe pensão do pai e que sua gestão financeira está sendo acompanhada no inventário.

Repercussão pública e posicionamentos

Nas redes, a decisão foi criticada por alguns, que defendem a permanência de Léo com a avó, reforçando o vínculo já constituído:

“O lugar do Leo é com quem sempre esteve do lado dele: a avó‑mãe dele!”

Por outro lado, vozes como a de Roberta Miranda aconselharam Murilo a “seguir sua consciência” e provar seu compromisso de pai.

O que a lei diz e o que decide o melhor interesse do menor

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Código Civil, a guarda deve ser estabelecida com base no melhor interesse da criança, considerando sua estabilidade emocional, vínculos familiares e estrutura de cuidado. A modificação da guarda, antes somente compartilhada, para unilateral, exige:

  1. Prova de mudança significativa nas condições;
  2. Garantia de que a nova configuração realmente beneficie a criança;
  3. Parecer técnico (psicossocial) e do Ministério Público;
  4. Respeito ao segredo de Justiça.

Somente assim a guarda unilateral poderá ser admitida.

Dr. Issei Yuki, advogado especialista em Direito de Família, comenta:

“A guarda compartilhada é preferencial no Direito brasileiro, pois valoriza a convivência equilibrada com os dois genitores. A ruptura desse modelo exige provas concretas de que a guarda exclusiva é melhor para a criança.”

Além disso, ele destaca:

“Murilo precisa demonstrar que tem condições logísticas, emocionais e estruturais para assumir a guarda unilateral. Já Ruth, por sua vez, deve mostrar que seu convívio protege a identidade, emocional e rotina do menino.”

O que está em jogo

A decisão deve passar por:

  • Análise das provas apresentadas pelo pai;
  • Parecer do Ministério Público;
  • Possível audiência com Léo, sempre no melhor interesse da criança;
  • Avaliação do impacto na estrutura familiar, emocional e financeira.

Essa disputa traz à tona o desafio de equilibrar os direitos dos genitores com o direito primordial da criança à convivência positiva com ambos os lados da família.

A chamada “guerra pela guarda de Léo” é mais do que um episódio midiático é um exemplo vivo das tensões entre amor, responsabilidade e Direito de Família moderno. E, acima de tudo, mostra que:

  • A guarda compartilhada é o princípio, mas pode mudar desde que em benefício da criança.
  • Decisões judiciais como essa exigem análise jurídica, técnica e humanizada.
  • O futuro de Léo depende menos de quem tem mais presença hoje e mais de quem consegue garantir seu bem-estar real e completo nos próximos anos.

Para o advogado especialista em Direito de Família, Dr. Issei Yuki, esse tipo de caso exige mais do que interpretações técnicas da lei, é preciso sensibilidade e prudência. “Quando se trata de guarda de um filho, não há espaço para vaidade nem para disputa de poder. A prioridade absoluta é a criança. A Justiça não decide com base em quem ama mais, mas sim em quem tem melhores condições de garantir estabilidade emocional, segurança e bem-estar no presente e no futuro. E isso exige prova, responsabilidade e maturidade de todas as partes.”

Mais sobre Issei Yuki Júnior:

Yuki, Lourenço Sociedade de Advogados

Graduado em Direito pela Universidade São Francisco com especialização em Direito de Família e Sucessões, e mais de 25 anos de experiência como advogado nas áreas de Direito Civil e Processual Civil, Família e Sucessões, Direito Condominial, Direito do Consumidor e Consultoria empresarial e societária.

 

JÁ SEGUE A REVISTA SEGURA NO INSTAGRAM?

Deixe um comentário