Janeiro Verde: campanha alerta para prevenção do câncer de colo de útero

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De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil deve registrar 17.010 novos casos da doença em 2023  

Ocupando o terceiro lugar entre as neoplasias que mais acometem as mulheres no país, o câncer de colo de útero é um dos mais preveníveis e sua principal causa é a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV). 

De acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil deve registrar 17.010 novos casos da doença em 2023, o que representa um risco considerado de aproximadamente 13 casos a cada 100 mil mulheres – estimativa 6% maior em relação ao ano passado –.  

Para Diocésio Andrade, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto e membro fundador do EVA – Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos, estes dados se tornam ainda mais preocupantes quando levada em consideração a principal condição predisponente para desenvolvimento da neoplasia: o contágio pelo papilomavírus humano. “O uso de preservativos durante as relações sexuais e exames recorrentes de Papanicolau são prevenções importantes, mas é imprescindível a vacinação, que é a proteção mais eficaz contra a infecção do HPV e está disponível no sistema público de saúde para meninas, com idade entre 9 e 14 anos, e para os meninos, de 11 a 14 anos”, comenta o médico. 

Diocésio Andrade, oncologista da Oncoclínicas Ribeirão Preto

O tratamento do câncer de colo de útero pode variar de acordo com o estágio da doença.  “Quando diagnosticado em sua fase inicial, as chances de cura do tumor são maiores e o tratamento tende ser mais tranquilo. Por essa razão, a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce é fundamental. Podem ser indicadas radioterapia, cirurgia, quimioterapia, braquiterapia, ou ainda a combinação de dois ou mais tratamentos, dependendo do estágio em que a doença se encontra”, diz o oncologista.  

O tumor maligno geralmente possui desenvolvimento lento e inicialmente silencioso, podendo não apresentar sintomas em suas fases iniciais. Entretanto, ao evoluir, pode apresentar quadros de sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias. “Ao notar qualquer desconforto ou alteração na região, é imprescindível a busca imediata por um especialista”, finaliza o médico.

 

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