Natal: apesar da reabertura dos shoppings, compras on-line devem ser as maiores da história no período. Vestuário está entre os itens mais comprados

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Vendas on-line crescem quase 50% e consumidores gastam mais pela internet. Tendência que ocorria lentamente foi impulsionada com a pandemia e os marketplaces já representam 78% do e-commerce brasileiro

Primeiro semestre desse ano foi marcado por recorde de compras feita de modo on-line

2020 foi marcado por profundas mudanças de comportamento social. Isolamento, restrição de circulação e fechamento do comércio impactaram também a forma de comprar das pessoas. Uma pesquisa realizada pela Ebit/Nielsen mostra que mais de 7 milhões de brasileiros fizeram sua primeira compra online no primeiro semestre de 2020, pico da pandemia no país.

As mudanças são observadas também nos dados de pesquisas que demonstram o crescimento de pedidos online, fechamento de lojas físicas, explosão do número de criação de e-commerces e aumento do volume e valor gasto pelo consumidor. Os comerciantes se viram diante de situações desafiadoras e precisaram se adequar à nova realidade para não fechar as portas, situação que ocorreu com 135 mil lojas, de acordo com levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Esse número equivale a 10% dos estabelecimentos do comércio varejista em funcionamento antes da pandemia.

Faturamento

A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) afirma que mais de uma loja on-line é aberta por minuto no país. Antes da pandemia a média era de 10 mil por mês.

Quem conseguiu se adequar está vendo uma boa perspectiva de retomada das vendas e crescimento. Uma pesquisa realizada pela Ebit/Nielsen, no primeiro semestre de 2020, aponta um aumento de quase 50% nas vendas on-line. Esse índice é o maior em 20 anos e se deve, principalmente, por conta do crescimento de pedidos de pessoas que viram na internet uma forma mais segura, e até prática, de adquirir produtos durante a pandemia.

Compras online são as maiores de toda a história

Além disso, notou-se algo muito positivo para quem vende pela internet: o valor médio gasto pelos consumidores é 6% maior quando as compras são feitas de forma on-line. Esse dado foi apresentado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) na pesquisa “Novos hábitos digitais em tempos de Covid-19”.

“Acho que virou um vício comprar pela internet. Já comprei roupa, calçado, cosméticos, livros, refeições, itens de decoração, eletrodomésticos e móveis. Eu participo de diversos grupos nas redes sociais onde são compartilhadas promoções e na maioria das vezes comprei coisas que não precisava no momento, mas que estavam em promoção e aproveitei a oportunidade“, conta Rafaela Silva Duarte, Relações Públicas. Apesar de gostar muito de comprar pela internet, Rafaela disse que sabe exatamente o quanto pode gastar porque faz um planejamento financeiro. “Eu sou bem organizada com meus gastos, então, eu sei quanto tenho para gastar e o quanto preciso guardar todos os meses. Se por um lado a pandemia me fez comprar mais de forma on-line, por outro ela me fez economizar com outros gastos como sair para comer, por exemplo. Ou seja, eu tive uma sobra a mais para gastar conforme a minha vontade“, explica.

Um estudo do Ibope Inteligência  mostra que dentre os itens mais comprados estão vestuário, calçados e eletrônicos.

Humanização e personalização X compras online

Por isso, cada vez mais tem se tornado essencial entender o que o cliente procura, como age, o que espera. O atendimento eficiente e atencioso, personalizado para os interesses e necessidades do consumidor, deve fazer parte das estratégias de quem não quer vender uma vez, mas várias vezes fidelizando o cliente.

Para Bárbara França, o atendimento atencioso de uma grande loja de departamento foi essencial para ela se sentir segura em comprar uma roupa de forma online. Ela conta que teve uma experiência surpreendente e muito positiva ao utilizar um serviço digital para atendimento ao cliente. “Eu havia gostado de uma peça, mas fiquei um pouco em dúvida quanto a qualidade do tecido e se o tamanho ficaria bom em mim. Então, eu mandei uma mensagem pelo chat e uma vendedora me mandou um vídeo mostrando o tecido e detalhes da roupa. Eu fiquei muito satisfeita”.

A loja goiana Fate Mulher, da empresária Cláudia Araújo, tem investido no atendimento personalizado e digital como um diferencial da boutique. “Sabemos que o período é atípico e as clientes estão precisando de mais auxílio para escolher as peças. Fazemos o possível para tirar todas as dúvidas e deixá-las seguras para fazer a compra. É sempre uma conversa franca e muito humanizada”, explica.

 Look da Fate Mulher postado no Instagram. Loja também usa app de mensagem para tirar dúvidas e mandar novidades

Além disso, a divulgação com influenciadoras digitais também tem sido uma ótima opção para driblar o receio das pessoas com relação a comprar de forma online. As influenciadoras publicam vídeos e fotos com as peças mostrando possibilidades de looks e detalhes, ajudando as mulheres a conhecerem o produto e, claro, aguçando o desejo de compra. “Temos investido em provadores virtuais com as influenciadoras. Além de ser muito divertido, as clientes conseguem ver o caimento, o tipo de corte da peça, movimento do tecido no corpo, detalhes de costura”, diz Cláudia.

A loja tem investido na comunicação virtual para atender as clientes que ainda não se sentem confortáveis para ir a loja física ou que residam em outras cidades e estados. Por meio de um link no perfil as compradoras já se conectam diretamente ao dispositivo de mensagens onde podem tirar dúvidas e obter informações sobre pagamento.

 

“Jingle Bell” –  e as compras de natal?

Depois de um ano tão desafiador como 2020, como está o clima natalino das pessoas? Mais da metade das pesssoas que responderam uma pesquisa da Teads, empresa especializada em mídia, disseram que não vão se contentar com celebrações à distância. Em compensação, os números ficaram bem equilibrados quando a pergunta foi sobre o modo de comprar os tradicionais presentes de natal pela internet! 20% dos entrevistados disse que vai comprar exclusivamente em e-commerces e 21% em lojas físicas.

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