
O ensino online durante a pandemia
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Por Jousy Mirelle
Enquanto vários países já estão voltando às aulas, o Brasil ainda está passando pelo isolamento causado pelo Covid-19. O vírus que parou o mundo e desafiou a capacidade de muita gente em se adaptar ao novo. Mas, tem um grupo, do qual faço parte, que é a maior prova dessa mutabilidade. É o grupo da Educação. São 850 milhões de alunos sem aulas presenciais, em todo o mundo, de acordo com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). No Brasil esse número é de 47 milhões de estudantes e 130 mil escolas fechadas. Aqui, desde 23 de março, as escolas suspenderam suas atividades. Instituições de ensino precisaram se adequar ao momento, professores estão se reinventando e pais assumiram a tutoria dos filhos em casa. Como ainda não sabemos até quando isso realmente vai, temos que minimizar os prejuízos e maximizar o aprendizado das crianças. Mas, como? Com muita disciplina e receptividade para o que é novo.
De acordo com Luciana Selegatto Leite, pedagoga e especialista em Neuropedagogia, assistir a aula ao vivo é mais indicado nesse momento para os alunos. “Se a aula é online é preciso estar acordado no horário. Por mais que seja gravada não é a mesma coisa vê-la depois. As perguntas surgem e já são sanadas na hora. Se o aluno fala que vai assistir mais tarde, podem surgir outras coisas para fazer. E aí vai acumulando conteúdo”, orienta ela que também é mãe de duas meninas que estão nessa situação.
Helena, 13 anos, estudante do 8º ano, no Albert Sabin, em Ribeirão Preto, avalia que a aula online ao vivo, é muito mais fácil de entender. “Olhar para o professor falando e poder perguntar o que é preciso na hora ajuda muito”, diz. Essa é a mesma opinião dos meus filhos, que estudam na mesma escola onde leciono, COC JS. “A aula ao vivo, vendo os professores, é o mais perto do que a gente tem da escola em dias normais”, explica Lourenço, 11 anos, estudante 6º ano.
Mas, tem uma faixa etária que é ainda mais afetada com tudo isso: o Ensino Infantil. Se engana quem acha que o ensino para as crianças de 4 a 6 anos não é essencial. “Para essa faixa etária o ensino demanda muita parte lúdica, muita brincadeira, muita socialização, e a criança não tem essa paciência de estar na frente da tela do computador ou de um celular. É o momento dela gastar muita energia. Então, os pais precisam ajudá-las nisso. É preciso fazer brincadeiras e se reinventar com cores, formas e jogos. Essa criança também não pode deixar de aprender”, diz a pedagoga.
Quem aí já viu vídeo de mãe surtando quando precisa ensinar o filho a ler ou a fazer uma conta? A internet está cheia de memes que mostram isso. A jornalista Juliana Rangel já chegou a “surtar”, mas está conseguindo controlar as coisas. Ela acredita que as maiores dificuldades enfrentadas em sua casa são manter a atenção do filho mais novo na aula e a estrutura física e de equipamentos para as crianças estudarem. “Eu estou em casa, mas preciso fazer home office, então tenho que adiantar todo meu trabalho para emprestar o notebook para a Sofia, que já está no 8º ano. Um estuda no quarto e o outro na sala. O Bernardo estuda só no celular, mas fica me chamando toda hora pra ficar ampliando as figuras do livro pra ele ver direito”, fala.
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