Prorrogação de Obras no Centro preocupa empresários

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Mudanças no cronograma não foram detalhadas tampouco notificadas com antecedência necessária e podem prejudicar vendas em datas importantes do varejo

A Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) destaca que a mudança no cronograma de obras no Centro da cidade, divulgada no apagar das luzes da última sexta-feira (12), não foi devidamente detalhada nem tampouco comunicada previamente à entidade ou aos lojistas afetados conforme acordado com o Poder Público.

O cronograma que soma 4 meses ao prazo original, ampliando de 18 para 22 meses o período de intervenções na região Central, causa muita preocupação entre os empresários, uma vez que afetará a circulação de consumidores em datas comerciais importantes, como Dia das Mães, Dia dos Namorados e Dia dos Pais.

A associação tem feito diversas ações para minimizar os efeitos econômicos das obras para as empresas, como divulgar informações, estimular a recuperação do comércio de rua e subsidiar estacionamento para o público em algumas áreas. “A falta de planejamento por parte da Prefeitura, entretanto, mina muito desses esforços inclusive por descumprir com o combinado que poupava as datas importantes do comércio”, destaca Sandra Brandani, presidente da Acirp.

“Já fizemos contato com o secretário de Obras e com a construtora para solicitar o cronograma atualizado de forma a entender quais trechos serão prejudicados diretamente com a mudança, quando e a que custo para apresentarmos propostas que reduzam os impactos para nossos associados”, afirma a presidente.

Na Barão do Amazonas, uma das principais ruas da região central, onde se concentra o maior número de lojistas, as obras começaram no início de janeiro. “Para os comerciantes a informação repassada pela equipe de obra é que seriam 15 dias em cada quarteirão”, explica o proprietário da Drogaria Barão, Maurício Siqueira.

A farmácia fica no primeiro quarteirão, logo abaixo da avenida Nove de Julho, por onde as obras deram início na rua Barão do Amazonas. Mas o prazo não foi cumprido. “O que seriam duas semanas se estendeu para quase dois meses. Janeiro e fevereiro foram meses difíceis. sem acesso local, não entra cliente na loja”, desabafa o proprietário.

O comerciante ainda explica que enquanto não entregarem toda a obra da parte central da cidade seu movimento fica comprometido. “Ninguém quer vir para essa região. Está um caos andar pelo centro, as ruas sem acesso local, o que dificulta o trânsito. Muitos lojistas estão entregando o ponto”, conclui.

Carlos Ferreira, gestor de Marketing e Relações Institucionais da Acirp, lembra que a Acirp é favorável à modernização da cidade, mas que o planejamento não pode ser negligenciado, pois gera consequências graves para o empresariado e para a população.

“Entendemos que as tubulações no Centro são antigas e precisam ser trocadas, mas essa questão já deveria estar contemplada no projeto executivo, no edital e no cronograma. Aparentemente é um problema é semelhante ao ocorrido na Nove de Julho, por exemplo”, destaca o gestor.

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