Uma em cada três pessoas já foi às compras no comércio de rua ou retomou a rotina de visita a familiares

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A retomada das atividades do comércio, serviços e lazer ainda encontra alguma insegurança por parte da população. Cerca de 1 em cada 3 pessoas já foi às compras no comércio de rua ou voltou a frequentar reuniões familiares, mas shoppings e restaurantes convenceram ao retorno apenas de 20% a 25% dos entrevistados. Bares e academias, por sua vez, contaram com menos de 10% de presença entre o público ouvido na pesquisa. E a maior parte das pessoas, cerca de 70%, diz que ainda não foi a lugares assim porque não teve confiança, e não por alguma imposição restritiva em suas cidades.

Os dados são da terceira edição da pesquisa”Coronavírus e seu Impacto no Brasil”,  encomendada pela empresa Demanda Pesquisa e Desenvolvimento de Marketing, realizada em julho. O levantamento foi feito por meio de questionários online, entre os dias 16 e 21/07, e obteve 1.090 respostas, de todas as regiões do Brasil. Um dos focos da terceira onda foi abordar o sentimento geral da população em relação ao momento atual e à retomada das atividades de lazer.

Com o perfil traçado foi possível verificar que a adoção de uma vasta e rigorosa gama de medidas sanitárias preventivas vai ser muito importante para os ambientes fechados de lazer voltarem a ter a confiança de seus frequentadores. Destaques para a intensificação de higiene em banheiros (mencionada como importante para 96% dos entrevistados), soluções de ventilação e circulação de ar (95% de menções) e organização ou sinalização de fluxo de pessoas para evitar filas (92%). “Cinemas, teatros e afins vão ter de lidar com públicos menores, lugares espaçados, extinção de filas para voltarem ao jogo”, projeta Ricardo Lopes, gerente de projetos da Demanda e coordenador do estudo.

Fabíola Porto é a favor da retomada consciente do comércio, mas não se sente preparada para voltar, totalmente, ao “normal”

Fabíola Porto, gerente da Multiclínica Saúde Ocupacional, é a favor que o comércio volte à sua normalidade, mas não como aconteceu no último final de semana, em Ribeirão Preto, que a retomada se deu às vésperas do dia dos pais e as pessoas foram em peso comprar seus presentes. “Eu raramente ia ao comércio de rua, pois sou muito consumidora da Internet. Só que minha filha cresceu muito e eu vou precisar comprar roupas para ela. Nesse caso terei que ir presencialmente para experimentarmos as peças, mas vou com super receio. Já mandei mensagem na loja e eles me disseram que atendem com horário agendado, então nós vamos. No centro da cidade não penso em ir, por enquanto”, diz ela que acredita que é preciso educação e consciência. “O problema é que as poucas vezes que saio nas ruas muitos já estão levando uma vida normal há muito tempo. Não sou contra  quem quer trabalhar, pelo contrário. Acho que se todos fizermos de forma consciente é possível melhorar pra todo mundo. Penso assim também porque receio pelos meus pais que são do grupo de risco”, complementa.

Quase metade acredita que sua vida mudou para pior do início da pandemia até agora

O sentimento geral das pessoas com o momento da pandemia é de desânimo. Cerca de 3 em cada 4 (73%) se diz desanimado atualmente. Ao serem perguntados sobre o que mudou para pior ou para melhor do início da pandemia para cá, metade deles (49%) afirma que a vida mudou para pior no que diz respeito à vivência social e às oportunidades de lazer. Outros 37% sentiram piora no estado psicológico, em seu equilíbrio emocional. Em outro sentido, 41% observaram que melhorou seu engajamento em ações solidárias e 53% estão se relacionando melhor com suas famílias.

Muitos brasileiros fazem planos para quando a pandemia acabar e somam 70% os que pretendem viajar assim que possível. Outros planos muito presentes são rever familiares ou amigos (58% dos entrevistados) e retomar ou iniciar a prática de algum esporte (42%). Enquanto isso tudo não é possível, boa parte deles admite ter incorporado ou intensificado alguns maus hábitos. A ingestão de chocolates ou doces em geral brotou ou cresceu em nada menos do que 38% do público pesquisado. E o hábito de beber álcool agravou-se ou incorporou-se à rotina de 20% dos internautas brasileiros participantes da pesquisa.

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