Ambiente de inovação precisa evoluir com equidade de gênero

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A CEO e co-fundadora da TROC, Luanna Toniolo, faz parte de um grupo de apenas 12,6% dos founders de startups no Brasil

Luanna Toniolo (33) é CEO da TROC, uma das mais bem posicionadas plataformas de moda circular do Brasil e que faz parte do grupo Arezzo&CO. Ela também é co-fundadora da startup de inovação e tecnologia que conecta pessoas que querem comprar e vender roupas, bolsas, sapatos e acessórios usados de marcas premium. Mãe de Maria Júlia (4) e Benício (2), a empresária se deparou, nos últimos quatro anos, com um ambiente com pouca igualdade de gênero também em seu nicho de atuação. Algo surpreendente para ela que sempre esperou encontrar em um espaço onde o mote central é a inovação um local para o exercício da diversidade. “O ecossistema das startups está longe de ser um ambiente de equidade”, afirma Luanna.

A realidade encontrada pela CEO da TROC foi confirmada em uma pesquisa divulgada no ano passado pela Abstartups – Associação Brasileira de Startups. O Mapeamento de Comunidade realizado pela instituição revelou que apenas 12,6% dos founders no Brasil são mulheres e que 26,3% das startups do país não possuem nenhuma mulher na sua equipe. Em contraste a esses números, 87,7% das startups dizem apoiar a diversidade.

Para Luanna, promover a igualdade de gênero é um ponto fundamental para fortalecer as economias e impulsionar os negócios.  Pensando em criar um ambiente mais favorável para o desenvolvimento de mulheres, a TROC, sob o comando da CEO, se tornou signatária dos Princípios de Empoderamento das Mulheres da ONU (WEPs – Women’s Empowerment Principles). No dia a dia ela participa ainda de grupos que fortalecem a posição da mulher com mentorias direcionadas para empreendedoras.

“Eu sou otimista e como o ecossistema de startups é extremamente dinâmico acredito que a visão dos fatores positivos dessas diferenças vai fazer o cenário mudar rapidamente. Cabe a nós que ocupamos um lugar de destaque reforçar e abrir caminho para que outras mulheres tenham condições de alcançar também esses espaços”, destaca Luanna.

Na TROC, 80% do time que cuida da operacionalização do e-commerce é formado por mulheres e entre os heads da startup, 50% são do sexo feminino. Elas estão em todas os setores, desde o trabalho de curadoria das peças, no marketing, na administração, na logística e também no comando. O público usuário da plataforma da TROC é formado por 95% de mulheres. “São essas mulheres que estão desencadeando aqui a revolução verde do second hand, derrubando estigmas sobre o uso de roupas de segunda mão e garantindo um cenário mais positivo para a indústria da moda e também para nossos filhos”, conclui a empresária.

Sobre a TROC:

A TROC é o maior brechó online do Brasil e faz parte, desde novembro de 2020, do grupo Arezzo&CO, que reúne marcas como Arezzo, Schutz, Anacapri, Alexandre Birman, Fiever, Alme, Vans, Reserva, Reserva Mini, Oficina Reserva, Reserva Go, Eva e Ink. A plataforma de moda circular conecta pessoas que querem comprar e vender roupas, bolsas, sapatos e acessórios usados das melhores marcas e em perfeito estado. O grande diferencial da startup é a curadoria feita sobre os produtos e o volume de seu acervo qualificado que conta com mais 40 peças. As opções variam para todos os gostos e bolsos, com opções desde fast fashion, premium e luxo. A TROC tem como CEO a advogada Luanna Toniolo que, em 2017, fundou a startup após cursar Gestão em Marketing, em Harvard. Hoje, a plataforma também oferta o serviço de logística reversa para marcas do mercado da moda brasileiro.

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