O Templo Bahá’i é um símbolo da arquitetura contemporânea

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*Por Juliana Cherulli

Da série arquitetura mundo afora, o Segura na Minha Mão e o ARQ & CO Estúdio  estiveram  visitando o Templo Bahá’i, em Santiago, no Chile. Quem foi nessa viagem e conta tudo para vocês é a arquiteta Juliana Cherulli. O local que está aberto ao público desde outubro de 2016.

Já ouviram falar da religião Bahá’i? Surgiu na antiga Pérsia, atual Irã, e sua fé é traduzida levando em conta que toda a humanidade formaria uma só unidade, assim devendo respeitar as mais diferentes etnias, gêneros e crenças, sendo esta religião, uma das mais novas e independentes do mundo.

O Templo foi construído aos pés da Cordilheira dos Andes e busca celebrar a espiritualidade. Está aberto a visitantes de todas as crenças, sendo um dos oito Templos da fé Bahá’i espalhados pelo mundo. A entrada é gratuita e o acesso pode ser feito por transporte público, táxis, ou por agências de turismo. Só não recomendo querer economizar demais e subir os 2 km de subida mega íngreme à pé, como eu fiz no sol das duas da tarde.

Sobre sua arquitetura
A cúpula possui 30 m de diâmetro por 30 m de altura. Os vazios entre as nove pétalas são de vidro, todo o interior é revestido por mármore trazido de Portugal, e no exterior o revestimento é de vidro borossilicato fundido. A passagem de luz, entre interior e exterior, chama  atenção no Templo, tanto de dia quanto de noite, e é um item essencial na arquitetura. A capacidade é de 600 visitantes sentados em seu interior, em bancos feitos de madeira e couro. Não há imagens ou ícones para contemplação em seu interior, apenas algumas frases de autoria de Bahá´u´lláh.

O número nove é também a representação da unidade em um só dígito, sendo esta também a quantidade de caminhos no jardim e de fontes que se encontram no entorno, e de entradas que dão acesso ao seu interior. O espelho d’água se junta à vista panorâmica da cidade de Santiago.

A autoria do projeto de arquitetura é do escritório canadense Hariri Pontarini Architects e o paisagismo ficou por conta do chileno Juan Grimm.

*Colaboradora do Segura na Minha Mão, Arquiteta e Urbanista, e especialista em Design de Interiores do ARQ & CO Estúdio. Sempre que possível também carrega o título de viajante.

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